(SECOM) Os serviços prestados pelo Hospital Municipal Raul Sertã têm melhorado a cada dia mais devido à mobilização dos profissionais que nele trabalham. O setor de ortopedia, coordenado por doutor Evandro Tuntes, é prova disto. Sejam os traumas físicos, domésticos (como cair de uma escada), de acidentes de automóveis e motos, ou por agressão física. Em entrevista à Secom, a secretária de Saúde, doutora Jamila Calil, e o chefe da ortopedia do Hospital Raul Sertã, doutor Evandro Tuntes, falam sobre a situação do setor, os avanços que levaram para a média complexidade e as melhoras que a unidade passou desde janeiro.
O único hospital público de Nova Friburgo é referência em toda a região. Ele atende usuários de cidades como Bom Jardim, Duas Barras e Cordeiro. Para doutora Jamila, isto se justifica pelo fato de ser o único a oferecer atendimento especializado, como é o caso da ortopedia. “Nós temos oito médicos ortopedistas que ficam de plantão 24 horas. Profissionais competentes e altamente capacitados para avaliar os traumas e realizar cirurgias em regiões específicas como ombro, joelho e quadril”¸ diz Jamila. Para a médica a equipe de ortopedistas não mede esforços para dinamizar o serviço da melhor forma possível.
Mesmo em tempos de tragédia, onde o Raul Sertã atendia a toda a população, o setor de ortopedia avançou em melhorias e passou a ser reconhecido pelo Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia) como serviço de média complexidade. O Governo Municipal conseguiu trazer para o hospital um aparelho de intensificador de imagem. Com ele as cirurgias, que antes demoravam de duas a três horas, diminuíram seu tempo para apenas uma hora, atendendo assim mais pessoas. “Foi uma conquista enorme para os friburguenses. Mais que isto, uma vitória para nossa equipe médica que não mede esforços para atender bem. Agora a quantidade de cirurgias dobrou”, diz a secretária de Saúde. Além disto, o centro cirúrgico está mais equipado e os médicos foram capacitados.
Doutor Evandro Tuntes explica que, por ser referência em toda a região, o Raul Sertã é porta de entrada para todos os tipos de acidentes. “Ao socorrer uma pessoa em um acidente, o Corpo de Bombeiros leva o ferido imediatamente para lá. Existe uma equipe multidisciplinar com ortopedista, cirurgião geral e clínico para avaliar o grau de gravidade do trauma. Se verificarem que é de urgência, como é o caso das fraturas expostas, a cirurgia é feita em no máximo em seis horas, caso não seja tão urgente o paciente é tratado com analgésicos para diminuir suas dores até entrar na mesa cirúrgica”, diz doutor Evandro. O chefe da ortopedia nos explica que existem dois tipos de profissionais: o que atende a emergência e os que fazem a cirurgia de rotina. “Quando o caso não for tão urgente, o paciente vai para a enfermaria e passa por um programa cirúrgico onde é realizado risco cirúrgico e exames pré-operatórios, lá também são tratados com analgésicos”, relata. Evandro ainda diz que há sempre um profissional que fica de sobreaviso para colaborar nas cirurgias de emergência, caso seja necessário.
Em 2011, até agosto foram feitas 454 cirurgias, sendo que 140 de caráter emergencial. Quase o dobro do ano passado. Doutor Evandro explica que os ortopedistas são orientados a priorizar os atendimentos eminentes como, por exemplo, quem chega ao Hospital com alguma fratura exposta. “Veja bem. Todos merecem ser atendidos rapidamente e com urgência. Mas é preciso entender que uma fratura exposta é uma situação que precisa ser vista naquele momento, por isso que algumas cirurgias nós protelamos”, diz o chefe do setor de ortopedia. Segundo ele, os pacientes que não são atendidos no mesmo instante têm atenção especial da equipe de enfermagem. “Os enfermeiros atendem da melhor forma possível. Receitamos analgésicos para amenizar a dor e eles, sempre de bom humor e com carinho, cuidam deles”, relata. Evandro ainda diz que a equipe trabalha harmoniosamente e que isto colabora muito para o bom serviço.
Doutor Evandro Tuntes diz já ter trabalhado em outras instituições públicas e testemunha que o Hospital Raul Sertã está à frente de muitos outros do Estado do Rio. “O tempo que um paciente espera para passar pela cirurgia é muito mais rápido que outros hospitais. Sabemos que a realidade de nosso pais, em relação a médicos é deficiente em todos os municípios, mesmo assim, Friburgo conseguiu se tornar referência” diz o chefe do setor.
A secretária de Saúde, doutora Jamila Calil, inaugurou na última segunda, 29, dois setores do Hospital que foram atingidos pela enchente de janeiro. Em breve novas dependências serão reinauguradas.
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