Origem busca certificação do Cerne

quarta-feira, 04 de agosto de 2010
por Jornal A Voz da Serra

A Origem Incubadora de Empresas Inovadoras do Instituto Politécnico/Campus Regional UERJ em Nova Friburgo está buscando a certificação do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne). Trata-se, na verdade, de um modelo de atuação desenvolvido pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), que vem sendo implantado visando à melhoria de processos e resultados nas Incubadoras de Empresas de todo o país. Inclusive, a Origem está preparando o novo edital de seleção de projetos em conformidade com o que estabelece o programa Cerne.

“Somos uma incubadora regional e multissetorial, que atua em áreas distintas da competência tecnológica do IPRJ. Essa certificação é importante, pois agrega mais valor e qualidade, tanto ao trabalho realizado pela Origem, quanto aos empreendimentos e produtos desenvolvidos aqui dentro”, disse a gerente, Lanice Fagundes, que esteve no Rio recentemente junto com o consultor Paulo Mangia, participando de um workshop de capacitação para implantação do modelo Cerne, que detalha uma série de sistemas, processos e práticas-chaves em quatro níveis de maturidade, ou desenvolvimento.

Dados da Anprotec dão conta que o movimento de incubadoras no Brasil vem crescendo, na última década, a uma taxa média anual de 25%. Em todo o país, já são quase cinco mil empresas apoiadas e 20 mil empregos diretos gerados, sem falar nas graduadas, cerca de 1,5 mil, que são responsáveis pela abertura de mais de 13 mil postos de trabalho. Embora esta seja uma contribuição significativa para o desenvolvimento e o aumento da competitividade, as incubadoras precisam ampliar seus limites e a capacidade de criar negócios bem sucedidos. Mas, para que isso aconteça é necessário adotar todo um conjunto de princípios sobre os quais se estruturam o modelo proposto.

Segundo Lanice Fagundes, muito do que o Cerne propõe como metodologia de trabalho a Origem Incubadora de Empresas Inovadoras, com seus 15 anos de atividade em Nova Friburgo e região, já faz. Contudo, esses procedimentos ainda não estão sistematizados na forma como aparecem no modelo. Por isso, ela acredita que não será difícil alcançar o nível seguinte. “Estamos agora nos reestruturando, levantando informações, documentos, vendo o que já realizamos e o que ainda não. O objetivo é nos adaptarmos ao que estabelece o programa para essa fase inicial e conseguirmos, até o final do ano, avançar para o Cerne 2”, acrescentou a gerente da incubadora da UERJ.

Exemplo disso é o processo seletivo realizado pela Origem para admissão de novos empreendimentos. Um novo edital já está sendo preparado de acordo com o que preconiza o modelo Cerne e a previsão é de que ele seja lançado até setembro deste ano. Atualmente, a incubadora do Instituto Politécnico da UERJ conta com 22 projetos vinculados, entre pré-incubados, incubados e associados. Dentre eles, dez projetos foram contemplados com subvenções em edital do Prime – Programa Primeira Empresa, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – e também da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de janeiro (Faperj).

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