ontribuir para a implantação do desenvolvimento sustentável em todo o país, através da capacitação de pessoal para gerir com mais eficácia projetos nas diferentes etapas de desenvolvimento que envolvam governos, empresas e instituições é um dos objetivos do curso Projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) – Oportunidades de Sustentabilidade Regional, que a Origem Incubadora de Empresas Inovadoras promoverá nos dias 19 e 20 deste mês, no Instituto Politécnico do Rio de Janeiro, campus da Uerj em Nova Friburgo. Um dos temas a serem abordados no programa é o chamado mercado de carbono, dentro do qual serão apresentadas as vantagens competitivas e econômicas do uso de tecnologia limpa e da responsabilidade socioambiental, assim como as possibilidades de negócio para empresas.
O mercado de carbono é algo recente, tendo surgido com o Tratado de Kioto, que é resultado de uma ampla negociação iniciada com a ECO-92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Assinado em 1997, no Japão, mas em vigor desde 2004, o protocolo estabelece que as nações industrializadas reduzam em cerca de 5% a emissão de gases de efeito estufa no período de 2008 a 2012. E, para que a economia dos países desenvolvidos não fosse comprometida pelas medidas adotadas, o documento permite que, caso não seja possível atingir as metas estabelecidas, essas potências comprem créditos de carbono (fixação de um valor financeiro para cada tonelada de carbono não lançada na atmosfera) de outras nações que possuam projetos de desenvolvimento de tecnologias limpas.
“O MDL é o principal instrumento de participação dos países em desenvolvimento nesse mercado. Esses países registram um salto no total de recursos investidos na compra de créditos de carbono de US$ 485 milhões em 2004 para mais de US$ 7 bilhões em 2007. Uma pesquisa feita com 700 grandes empregadores mundiais, já divulgada na mídia, demonstra que está difícil encontrar mão de obra qualificada em mercado de carbono e aquecimento global. É, sem dúvida, um mercado crescente por demanda de profissionais e novas tecnologias”, diz a consultora socioambiental Denise de Mattos Gaulard, que ministrará o curso em Nova Friburgo. “Ter sensibilidade para vislumbrar oportunidades de negócios e os diversos tipos de projetos MDL pode ser um importante instrumento para a melhoria das condições socioeconômicas e ambientais regionais, não somente das empresas, como também das prefeituras”, acrescentou.
O curso
Voltado para diretores, empresários, profissionais liberais, administradores, gerentes, procuradores, funcionários e gestores públicos e privados interessados neste mercado, o curso identificará os impactos gerados pelas mudanças climáticas nos diversos setores da economia brasileira e a influência da competitividade no mercado internacional, qualificará profissionais para acompanhar todas as etapas dos processos de avaliação, monitoramento, riscos; execução e registro de projetos MDL e apresentará oportunidades de negócios para as empresas.
O curso está dividido em cinco módulos, abordando, entre outros assuntos, as consequências das emissões atmosféricas, desde a Revolução Industrial aos dias atuais, a contribuição do Brasil para o aquecimento global, a definição e potencial de poluição dos gases do efeito estufa, os acordos internacionais e o perfil do mercado mundial de carbono. Também fazem parte do conteúdo, o conceito e objetivos do MDL, as modalidades e tipos de projetos MDLs, sua viabilidade técnica e financeira, a comercialização dos Certificados de Emissões Reduzidas (CERs) e exemplos de sucesso, além de tópicos sobre compensação ambiental e gestão integrada de resíduos.
O curso terá 12 horas de duração, com aulas na sexta-feira, 19, à noite, e no sábado, 20, pela manhã e à tarde. As inscrições já estão abertas na Origem Incubadora de Empresas Inovadoras, que fica na Rua Alberto Rangel s/nº, bairro Vila Nova. Mais informações pelo telefone 2528-8300 (ramal 334) ou pelo e-mail origem@iprj.uerj.br.
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