Recentemente a Argentina aprovou o projeto de lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Foi o primeiro país da América Latina e o décimo do mundo a autorizar a união homoafetiva nos termos da lei. No Brasil o tema ainda é polêmico e enfrenta resistência, principalmente das instituições religiosas. Apesar disso, já existem avanços na Justiça e em órgãos do governo, como a Receita Federal, que no último dia 29 permitiu aos casais gays incluírem o companheiro como dependente na declaração do imposto de renda. A reportagem de A VOZ DA SERRA foi às ruas ouvir a opinião das pessoas sobre o assunto, com a seguinte pergunta: “Você é contra ou a favor da legalização da união entre pessoas do mesmo sexo?”.
“Como monge budista sou a favor, porque o budismo não discrimina ninguém. Todas as pessoas e todos os seres têm o igual direito de serem felizes da melhor maneira que acharem, desde que não seja uma coisa que agrida os outros ou que tenha violência. Então, sendo algo de comum acordo, por amor e em benefício das pessoas, o budismo é a favor. Se um homem e uma mulher podem se casar, também dois homens ou duas mulheres podem oficializar a sua união e o seu sentimento. Acho que os casais homossexuais devem ter os mesmos direitos legais que os heterossexuais”.
Reverendo Sunantho, 52, monge budista, Conquista
“Sou a favor, porque cada um tem o direito de fazer o que bem entende. É uma questão de livre arbítrio e que deve ser respeitada. Já a adoção de crianças por casais gays acho algo mais complicado e não concordo”.
Luis Guilherme Pimenta, 22, publicitário, Amparo
“A favor. Por mim acho que não tem nenhum problema e não tenho preconceito”.
Márcio Aguiar Rangel, 38, sacoleiro, Mury
“Eu sou totalmente contra, porque Deus fez o homem para se unir à mulher, como diz a Bíblia”.
Maria Aparecida de Souza, 49, dona de casa, Varginha
“Sou a favor porque a legislação deve acompanhar o processo de evolução da sociedade. A união entre casais do mesmo sexo é uma realidade em nosso cotidiano, assim como outras tendências de comportamento. Um exemplo disso é o modismo de colocar piercing, algo que começou a ser usado pelos hippies como forma de contestação. Portanto, temos que acompanhar essas evoluções e aceitá-las porque fazem parte do século 21”.
Gustavo Pinto de Faria, 66, dentista, Braunes
“Cada um tem o direito de fazer o que bem entende e sou a favor da legalização desse tipo de união. Acho válido”.
Leandro do Nascimento, 29, auxiliar de serviços gerais, Riograndina
“Eu sou a favor, até porque, o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo é uma coisa que já existe há muito tempo. Acho que é preciso legalizar esse tipo de união. Conheço um casal que mora junto há anos e agora que um deles adoeceu a família está querendo pegar os bens. Se a união fosse legalizada, isso não aconteceria”.
Sônia das Graças Frossard de Almeida, 38, professora, Vila Amélia
“Sou a favor e não tenho nada contra a união legal de pessoas do mesmo sexo. Acho que a sociedade brasileira já aceita isso, mas ainda tem uma certa resistência em ver casais gays juntos. Outra coisa que gera muita polêmica é a adoção de crianças por casais homossexuais, o que também acho mais complicado”.
Bruno Pimentel, 25, bancário, Campos
“Sou favorável, porque é uma realidade dos nossos dias. Não tem por que ficar tapando o sol com a peneira. Os casais homossexuais devem ter os mesmos direitos que os outros. Conheço pessoas que moram juntas há anos, com apoio da família e dos amigos, e nada mais justo que sejam respaldadas pela lei”.
Peter Fillot, 38, funcionário público e diretor da escola de samba Unidos da Saudade, Conselheiro Paulino
“Acho que esse tipo de união não deve ser legalizada, porque vai acabar influenciando muitos jovens que ainda não sabem o que querem da vida”.
Ana Maria Carvalho da Costa, 57, aposentada, Centro
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