A Fábrica de Filó (Triumph Internacional) continua com suas máquinas paradas, pois os trabalhadores aderiram em peso à greve convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo, deixando a indústria sem condições de produzir. Segundo informações do sindicado, os poucos operários que estão trabalhando estão limitados a empacotar as mercadorias que já estavam prontas antes da greve.
Além de prejudicar a produção da fábrica, voltada centralmente à exportação dos produtos de vestuário (lingerie), pequenas confecções localizadas na cidade e nos municípios vizinhos já sentem o peso do movimento grevista, pois dependem de produtos manufaturados pela Filó.
Ainda segundo o sindicato, os patrões se recusam a oferecer o reajuste de salário solicitado pelos trabalhadores, que recebem menos que um salário mínimo. Uma comitiva do sindicato e dos trabalhadores em greve furou o cerco em torno do governador Sérgio Cabral, durante sua visita a Nova Friburgo na última segunda-feira, 7, para exigir o cumprimento da lei estadual, por ele sancionada, que estabelece salário mínimo em todo o estado do Rio no valor de R$ 603,31.
“A greve dos operários da Filó e a manifestação convocada pelo Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro servem de exemplos para o conjunto da classe trabalhadora de Nova Friburgo de que, mais do que nunca, é necessária a luta para resistir à exploração do capital e para avançar nas conquistas”, manifestou o sindicato.
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