Texto: Henrique Amorim / Fotos: Agência de Inteligência do 11ºBPM
Depois da intensa repressão ao tráfico de drogas desencadeada desde o início do mês pela PM no Alto do Floresta, o Morro do Dedé, distrito de Conselheiro Paulino, com o intuito de desarticular a ação dos traficantes, na última terça-feira, 18, foi a vez do tráfico do Alto de Olaria sofrer asfixia. Em uma operação conjunta de equipes do 11ºBPM, da Agência de Inteligência (P2) do batalhão e do Batalhão de Apoio com Cães (BAC) da corporação militar, foram recolhidos em uma mata junto a Pedra do Imperador aproximadamente sete quilos de maconha — grande parte da droga em tabletes prensados com 700 gramas cada — mais 780 trouxinhas da erva já prontas para revenda, uma pistola 9 milímetros, um colete à prova de balas e uma balança de precisão. Tudo fora abandonado por dois traficantes que conseguiram escapar do cerco policial. A droga foi encontrada em sacolas plásticas pelos cães farejadores da PM durante a operação.
Segundo a PM, traficantes preparavam a droga para revenda nas bocas de fumo do Alto de Olaria quando foram surpreendidos pela operação, que reuniu diversas equipes do batalhão e do BAC com pelo menos 30 homens. Houve perseguição, mas os bandidos refugiaram-se na mata que circunda o bairro. "Ao perceberem o grande efetivo policial que os cercava, os traficantes optaram por descartar a droga no caminho. Nem chegaram a camuflá-la em meio ao matagal”, disse um policial na quarta-feira, 19.
De acordo com o comando do 11ºBPM, as operações de repressão ao tráfico irão continuar tanto no Alto do Floresta como no Alto de Olaria, duas localidades que estariam, segundo investigações, obtendo "reforço” de traficantes do Rio de Janeiro para o controle de pontos de vendas de drogas. Nas últimas duas semanas, o tráfico demonstrou audácia provocando confrontos armados com a PM nos loteamentos Santo André e Alto do Floresta. Os tiroteios resultaram nas mortes de dois jovens de 18 anos, ambos suspeitos de envolvimento com o tráfico, segundo a polícia.
Na fuga, o material ilícito foi descartado junto a Pedra do Imperador, numa
área descampada do Alto de Olaria. Na operação ninguém foi preso
Na Rua São Paulo, mais drogas recolhidas com adolescentes
Agentes da P2 flagraram garotos entre 12 e 17 anos embalando cocaína para revenda próximo a escola
Ainda na última terça-feira, 18, atendendo a denúncia anônima passada ao 2523-4590 do 11ºBPM, agentes da P2 recolheram 87 sacolés de cocaína com seis adolescentes em um campo de futebol na Rua São Paulo, bairro Bela Vista, onde, segundo a polícia, costuma ocorrer a venda de drogas. O entorpecente era embalado para revenda pelos garotos que, diante do flagrante, confessaram que estavam no local a serviço do tráfico. Também foram apreendidos na ocasião R$ 150 que haviam sido apurados com a venda de sacolés de pó antes da operação.
O fato de alguns dos adolescentes terem somente 12 anos e utilizarem o campinho próximo a uma escola pública para cometerem o ato ilícito chamou a atenção dos policiais. Os menores foram conduzidos à 151ªDP e apresentados ao delegado de plantão para lavratura do flagrante de tráfico. Seus responsáveis foram convocados a comparecer na Delegacia Legal. O caso foi encaminhado à Promotoria da Infância e Juventude de Nova Friburgo. Toda a droga foi apreendida e encaminhada para perícia na Polícia Civil.
Os sacolés de cocaína recolhidos com os menores seriam vendidos no campinho de futebol
Cadáver em decomposição aparece nas margens do Rio Grande
O forte mau cheio de um corpo em decomposição no leito do Rio Grande chamou a atenção de moradores do distrito de Riograndina, que acionaram a polícia na tarde da última terça-feira, 18. O cadáver foi encontrado na margem do rio preso a vegetação e galhos de árvores. Diante ao adiantado estado de putrefação não foi possível identificar o sexo da vítima, que tinha ainda as roupas rasgadas, possivelmente devido a forte correnteza de alguns trechos daquele rio. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Nova Friburgo e a Polícia Civil irá promover a coleta de material biológico para tentar identificar a vítima. O delegado da 151ªDP vai aguardar o resultado do exame de DNA que será realizado no Rio de Janeiro para tentar esclarecer o caso que foi registrado naquela delegacia como "encontro de cadáver”.
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