ONG dá dicas sobre como economizar água estimulando sua reutilização

sexta-feira, 25 de junho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

O Brasil detém 11,6% de toda a água doce do planeta, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mas nem por isso há motivo para consumi-la desenfreadamente, principalmente durante esta época do ano, quando há maiores períodos sem chuva. A Agenda 21 Local de Nova Friburgo recomenda algumas atitudes simples do cotidiano que podem refletir numa mudança da conscientização coletiva, com estímulo ao uso racional da água.

Levantamentos oficiais dão conta de que os brasileiros ainda utilizam cinco vezes mais água que o necessário. O consumo diário chega a 200 litros por pessoa contra os 40 litros recomendados por estudos da OMS. Os mesmos estudos apontam que o ser humano consegue ficar até 60 dias sem comer, mas só resiste apenas cinco dias sem água.

Além das dicas básicas de redução do consumo doméstico, como fechar a torneira enquanto ensaboa louça ou escova os dentes; lavar o carro com baldes ao invés de mangueiras, reutilizar água da máquina de lavar para lavar calçadas e quintais; providenciar urgentemente o conserto de vazamentos em tubulações domésticas, a Agenda 21 local alerta para a necessidade de estimular o reuso da água, o que já vem sendo praticado por muitas indústrias no país, inclusive algumas em Nova Friburgo.

Uma boa dica é seguir os exemplos adotados pelo México e Estados Unidos. O primeiro substituiu 3,5 milhões de válvulas de descarga sanitária por vasos com caixa acoplada que consome até seis litros de água cada vez que é acionada. A medida já gerou a economia naquele país de cinco mil litros de água por segundo. Já os americanos, além de tornarem o limite de gasto de seis litros de água por descarga, também determinaram a vazão de chuveiros e torneiras em nove litros de água por minuto, resultando numa redução imediata de 30% no consumo de água.

No Japão já se aproveita a água utilizada em banhos em processos industriais. A água que sai dos banheiros segue por uma tubulação até um reservatório, onde é desinfectada e, em seguida reutilizada para a alimentação de vasos sanitários de residências, hotéis, hospitais e clínicas.

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