Localizada a cerca de oito quilômetros do centro da cidade, no distrito de Conselheiro Paulino, a Ponte dos Maias é uma importante via de acesso e via alternativa para moradores do Loteamento Belmonte, Jardim Califórnia, Canto do Riacho, distrito de Riograndina e também de municípios vizinhos como Bom Jardim e Sumidouro. Apesar de contribuir muito para a fluidez no trânsito na Av. Roberto Silveira e centro de Conselheiro Paulino, a ponte encontra-se interditada há meses, provocando engarrafamentos, atrasos nos ônibus e queda no movimento do comércio local. A redação de A VOZ DA SERRA tem recebido uma série de reclamações sobre o problema, que está prejudicando o cotidiano da comunidade.
Vale lembrar que a ponte foi interditada em janeiro deste ano pela Secretaria Especial de Ação Integrada de Conselheiro Paulino devido ao deslocamento de terra que atingiu algumas vigas de madeira que sustentavam parte da cabeceira. Na ocasião, a reportagem do jornal esteve no local e apurou que o descontentamento da comunidade era geral, já que desde a catástrofe de 2011 a ponte vinha apresentando problemas estruturais e passando por reparos que não solucionavam o problema. Desde o fechamento de janeiro, entretanto, o local recebe obras para melhoria de sua estrutura feitas pela Prefeitura com recursos do governo federal, através do PAC. Os trabalhos estão a cargo da Secretaria de Obras e vêm sendo realizados por funcionários da empresa Tecnosolo.
A lentidão da obra tem gerado muitas críticas de moradores, comerciantes e trabalhadores da região. "Todo mundo está reclamando dessa ponte fechada porque atrapalha muito o trânsito e causa engarrafamentos. Quem mora em Bom Jardim e outros municípios vizinhos tem que dar uma volta muito grande”, afirmam Wilson Lourenço e Rafael de Souza Figueiredo. Ambos trabalham em uma indústria em frente à entrada da ponte, que fica na Rua Antônio Luiz de Souza Maia e está sem qualquer movimento de veículos. Os pedestres, porém, têm andado em meio às obras para cortar caminho e ganhar tempo, conforme constatou a reportagem do jornal.
Para a comerciante Michelle Maia da Rosa, é preciso mais atenção das autoridades. "Isso aqui parece um fim de mundo. Desde a enchente de 2011 essa ponte está com problemas, prejudicando a vida de moradores, comerciantes e estudantes. O movimento caiu muito e os ônibus demoram a passar. Estamos esquecidos e essa obra está a passos de tartaruga”, desabafou ela. As queixas da comerciante são as mesmas contidas em matéria publicada pelo jornal em 25 de janeiro passado, o que comprova a necessidade de uma solução imediata para a questão.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura para saber a previsão de conclusão dos trabalhos e recebeu a seguinte nota oficial: "Segundo o subsecretário municipal de Obras, Luis Cláudio Gonçalves, o prazo para a entrega da Ponte dos Maias é o final desta semana”.
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