Obras na Alameda Eduardo Guinle dão esperança e mais tranquilidade aos moradores da localidade

segunda-feira, 05 de dezembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Obras na Alameda Eduardo Guinle dão esperança e mais tranquilidade aos moradores da localidade
Obras na Alameda Eduardo Guinle dão esperança e mais tranquilidade aos moradores da localidade

Leonardo Lima

Desde o fatídico 12 de janeiro, Volker Froese e sua família não residem mais na Alameda Eduardo Guinle, próxima ao Paissandu. A falta de segurança é o motivo que ele aponta para ter saído de sua residência. Embora seu imóvel não tenha sido diretamente afetado, o desabamento de duas casas em um terreno ao lado o deixa temeroso em relação a novos deslizamentos. “Essa barreira já havia cedido algumas vezes. Uma casa já estava interditada há algum tempo. Na tragédia, a outra, que se localizava acima, deslizou sobre a encosta, atingiu essa que estava interditada e invadiu o terreno do Educandário Miosótis”, relembra.

A alameda foi atingida pelas fortes chuvas em três pontos. Num deles, próximo ao início da subida da rua, uma menina de 9 anos morreu soterrada. Há alguns meses a Geomecânica iniciou obras de contenção de encostas no local e, de acordo com Volker, enquanto não estiverem finalizadas os moradores não podem se arriscar. “Vamos aguardar as obras ficarem prontas e ver se vai ficar tudo bem. Só vamos ter garantia de que essa área está segura quando houver fortes chuvas e não acontecer nada. Minha casa não foi atingida, mas não sabemos como está o terreno embaixo dela”, afirma.

De fato, as obras da Geomecânica são vistas por quem mora no local como o retorno da segurança na alameda. Infelizmente, de acordo com o encarregado de obra da construtora, Valdemir Rodrigues, o prazo para a conclusão, que estava previsto inicialmente para dezembro, dificilmente será cumprido. Além da construção de dois muros (um atirantado e outro de contenção com contraforte), estão sendo fixadas telas compostas de grama e uma mistura de sementes que vegetam o terreno e deixam o solo mais firme, diminuindo o risco de novos deslizamentos.

Educandário Miosótis quer retomar atividades em 2013 no antigo imóvel, parcialmente atingido pela tragédia

Segundo o diretor acadêmico do Educandário Miosótis, Ricardo Lengruber, a instituição só tem a elogiar o andamento das obras. “Elas começaram em julho e não pararam, estão caminhando. Os funcionários trabalham de segunda a sábado e tanto o Miosótis quanto os moradores estão recebendo toda a assistência. Não temos o que reclamar”, revela. Segundo ele, a intenção do educandário é retomar suas atividades normais no imóvel no ano letivo de 2013. “Nosso prédio sede, que tem as salas de aula e a administração, foi atingido. Estamos reformando e certamente, com as obras de contenção ficando prontas e após a Defesa Civil visitar a escola e liberar o funcionamento, vamos planejar nossa volta para cá”, adianta Ricardo, que afirma que cerca de 20% do imóvel foi afetado.

Como saída para manter as atividades, o Miosótis transferiu os alunos da Educação Infantil para outro imóvel, também localizado na Alameda Eduardo Guinle. Já os estudantes dos ensinos fundamental e médio foram alocados no prédio do antigo Colégio Cêfel, na Rua José Tessarollo dos Santos, também no Paissandu. “O ginásio, a quadra, o refeitório e o parque aquático não foram atingidos. A Defesa Civil emitiu um documento liberando essas áreas. Contratamos ainda uma empresa de engenharia, que vistoriou o imóvel e também emitiu um laudo favorável a sua utilização”, garante Ricardo, que aponta como exemplo da segurança do local o fato de a escola de natação Aquarium utilizar o parque aquático do Miosótis.

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