Após diversas paralisações e reclamações dos moradores do distrito de Conselheiro Paulino sobre a demora das obras de canalização do Rio Bengalas, o projeto, parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, enfim teve um avanço significativo. Depois de meses para a realização do pequeno trecho que vai do Prado ao Jardim Ouro Preto, as obras caminham em ritmo acelerado e já estão próximas à ponte de Duas Pedras.
A equipe de A VOZ DA SERRA esteve no local na tarde da última segunda-feira, 10, e registrou o trabalho de operários e máquinas. Ao todo, mais de cinquenta homens trabalhavam — em diferentes trechos ao longo das margens do rio — e pelo menos cinco máquinas estavam em operação. Além de cones no acostamento, para a segurança de pedestres e mesmo dos veículos, foram colocadas telas de proteção em toda a lateral da pista por onde as obras se estendem.
Na altura do bairro Ouro Preto, os muros de contenção já foram concluídos. Agora, na localidade, os operários trabalham para acertar o acostamento, construir os passeios, fixar grades de proteção e implantar a ciclovia. O trecho próximo a Duas Pedras, entretanto, ainda está na fase inicial. No local, até o momento, apenas estacas de ferro foram fixadas.
Sobre o projeto
As obras de controle de inundação e recuperação ambiental do Rio Bengalas foram iniciadas em 2013 e vêm sendo realizadas pelo Consórcio Rio Bengalas, formado pela EIT Engenharia e a Ferreira Guedes. No total, foram investidos R$ 195 milhões pelos governos estadual, por meio da Secretaria de Ambiente e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), e federal, com verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A estimativa é que os trabalhos sejam concluídos até abril do próximo ano.
Vale destacar ainda que, entre as ações previstas, o projeto prevê desassoreamento, dragagem e canalização do rio, o reflorestamento das margens e a urbanização do entorno, com a criação de ciclovia e áreas de lazer para as comunidades. O objetivo é evitar o transbordamento do rio, como aconteceu na tragédia de 2011, que, além de centenas de vítimas, deixou ruas, casas e estabelecimentos comerciais inundados, resultando em um enorme prejuízo para a cidade.
Nossa equipe entrou em contato com a assessoria de comunicação do Inea —responsável pela execução do projeto — para saber mais detalhes sobre a obra como, por exemplo, fase, número de operários, bem como se esta será entregue dentro do prazo, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
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