Eloir Perdigão
O bairro Duas Pedras foi um dos mais atingidos em 12 de janeiro de 2011, inclusive com mortes. E os problemas persistem até hoje: falta de calçamento, as temíveis águas da RJ-130, casas abandonadas que geram problemas de segurança, sinalização das ruas. Porém, no que se refere ao governo estadual, os moradores dizem que não há do que reclamarem. As contenções estão a todo vapor.
PROBLEMAS – Na Rua João Belório a Prefeitura refez a rede de águas pluviais e, depois de muita insistência, um trecho do Córrego dos Mosquitos, que ameaçava um prédio de três andares. O calçamento dessa via se limitou a uns 20 metros. Um morador fez, às suas custas, mais dez metros, para poder acessar sua garagem. O restante da rua, no acesso à RJ-130, ficou por fazer, até que seja decidida a questão das águas que descem da rodovia estadual, nas proximidades do Hospital São Lucas.
Para conter o aguaceiro os moradores da Rua João Belório construíram uma mureta, com tijolos e asfalto, o que impede a água de descer rua abaixo e causar novos transtornos. Com isso, a água escorre asfalto abaixo, até o trevo.
Mas, como consequência da tragédia, casas ficaram abandonadas e servem de abrigo a pessoas estranhas, o que causa sérios transtornos quanto à segurança.
Problemas semelhantes são verificados na Rua Alexandre Risso, onde o calçamento precisa ser restaurado, junto com a galeria que passa no local, que por enquanto está descoberta e exalando mau cheiro, já que o esgoto corre a céu aberto. Já a recuperação da Rua Padre Vicente Próspero, entre a igreja e a estrada RJ-130, é urgente, até como medida de segurança para os moradores, já que as outras ruas de acesso à rodovia estão interditadas. Quando chove essa rua também não dá passagem.
Outra rua que carece de recuperação é a Ernesto Saippa Sobrinho, bem ao lado do Detran. E por se situar sobre a galeria, não pode ser aberta ao trânsito.
E por falar em trânsito, outro problema no bairro é a sinalização praticamente inexistente, o que chega até a confundir os motoristas, já que não são raros os casos de veículos trafegando na contramão pelas ruas do bairro. Moradores pedem à Autran para cuidar da sinalização e fazer a fiscalização do trânsito no bairro, que não é pouco, inclusive de ônibus que entram e saem do terminal rodoviário norte ali situado.
SOLUÇÕES – Por outro lado, os moradores não têm do que reclamar do governo estadual. As obras de contenção estão a todo vapor desde o Colégio Estadual Tuffy El-Jaick até quase o final da Rua São Pedro, por trás da igreja. Cerca de 200 metros de muro estão sendo construídos, entre o sistema gabião e a contenção propriamente dita.
A vice-presidente da associação de moradores local, Rosemar Rodrigues, espera que o muro realmente resolva a situação das encostas do bairro. Ao que lhe parece, a contenção está sendo bem feita. Inclusive as calçadas estão sendo feitas também.
Rose lamenta ainda restar, entre os moradores, seus vizinhos, o medo das águas que descem da estrada RJ-130, nas proximidades do Hospital São Lucas, já que o córrego dos Mosquitos não as comporta e fatalmente provocaria nova enchente no bairro. A melhor opção apontada é a construção de uma galeria junto ao asfalto que conduziria a enxurrada diretamente até o Rio Bengalas, obra a cargo do DER e do Inea.
De acordo com Rose, ninguém mais ouviu falar desse assunto e isso preocupa os moradores de Duas Pedras, que gostariam de ter acesso ao projeto dessa obra e que ela fosse feita antes do início da próxima estação chuvosa.
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