Iniciadas em março de 2013, as obras de desassoreamento, dragagem e canalização do Rio Bengalas parecem não ter fim. Isso porque, após inúmeras vezes interrompidos, os trabalhos estão, há pelo menos três meses, aparentemente paralisados. Quem passa pela Avenida Governador Roberto Silveira, trecho que liga o Centro ao distrito de Conselheiro Paulino, estranha a ausência de máquinas e operários no local.
Entretanto, ao contrário do que indica o cenário, de acordo com o Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea), a obra não está parada, mas atrasada devido à demora no pagamento das indenizações pelo governo do estado às famílias que tiveram que desocupar suas residências às margens do rio. Em nota, o instituto informou que “o ritmo normal das obras será retomado quando for encerrado o processo de realocação das famílias. O Inea está concentrando esforços para executar esta ação o quanto antes”, disse, justificando que “a complexidade do processo de negociação para desocupação das casas e realocação das famílias ribeirinhas interferiu no avanço físico das obras, impactando assim o prazo de conclusão das intervenções, previsto inicialmente”, informou o órgão estadual em nota.
Em entrevista concedida para A VOZ DA SERRA, em fevereiro, o Inea já havia informado que, até então, 83 famílias haviam sido indenizadas, 40 residências demolidas, 17 desocupadas e liberadas para demolição, 26 ainda ocupadas e outras 57 benfeitorias já haviam sido negociadas, mas ainda aguardavam liberação do recurso.
Ainda segundo o órgão, 70% da obra custeada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) do governo federal foi concluída e, sobre a ausência de funcionários, o Inea afirmou que “o efetivo de pessoas necessário para execução das obras é variável, de acordo com o planejamento e liberação das frentes de serviços, atingindo, nos momentos de pico, 300 colaboradores diretos, sem contar com os indiretos”.
As obras: Realizadas pelo consórcio Rio Bengalas — formado pela EIT Engenharia e a Ferreira Guedes, empresas vencedoras da licitação —, as obras receberam um investimento de R$ 195 milhões do governo do estado do Rio, por meio da Secretaria estadual do Ambiente e do Inea, além de verbas do (PAC 2).
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