Passados quase cinco anos da tragédia climática que castigou vários pontos de Nova Friburgo, alguns trechos ainda não foram totalmente recuperados. É o caso das ruas Juvenal Namen e Cristina Ziede, onde a lateral de um prédio em ruínas permanece em destaque na paisagem. Nos terrenos ao lado, onde várias residências desabaram, a vegetação cresceu e foi colocada uma cerca de arame farpado para evitar a ocupação indevida. Recentemente, uma obra foi iniciada em um desses terrenos, o que causou espanto em alguns moradores do entorno.
A redação de A VOZ DA SERRA recebeu telefonemas da comunidade questionando a legalidade da obra naquela área e entrou em contato com a Subsecretaria de Comunicação Social da Prefeitura para saber mais detalhes do caso. A pasta informou que, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável, o responsável pela obra pretende criar um estacionamento rotativo já que a Defesa Civil havia desinterditado o local. “No entanto, a intervenção necessitava inicialmente ser comunicada à Secretaria de Meio Ambiente. Sendo assim, a secretaria embargou a obra e o responsável acatou a decisão. Posteriormente, a Secretaria de Meio Ambiente abriu um processo administrativo e levantou questões que remetem ao Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM/RJ). O órgão, então, fará uma avaliação no local para definir se permitirá ou não alguma construção voltada para o estacionamento de veículos no terreno”, explica a nota da Prefeitura.
Vale destacar que, apesar de ainda não contar com uma avaliação oficial do órgão estadual, a obra está tendo continuidade, conforme constatou a equipe de reportagem do jornal. Na manhã de ontem, 26, três operários trabalhavam normalmente no terreno, onde já foram colocadas várias vigas de madeira para instalação de um telhado. No local, também não há nenhuma placa com informações da obra, como é de praxe. Conforme esclarecido na nota da Prefeitura, “a Secretaria de Meio Ambiente autorizou o prosseguimento da intervenção até que o DRM/RJ dê um parecer final e que o responsável se regularize junto a Secretaria de Finanças do município.”
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