Obra do prédio anexo do Raul Sertã já pode ser iniciada

Prefeitura e empreiteira assinam contrato para conclusão da construção do espaço que abrigará mais 30 leitos de CTI
quinta-feira, 28 de março de 2019
por Paula Valviesse (paula@avozdaserra.com.br)
Entre a secretária Tânia Trilha e Aurélio Mury, Bravo assina o contrato (Fotos: Paula Valviesse)
Entre a secretária Tânia Trilha e Aurélio Mury, Bravo assina o contrato (Fotos: Paula Valviesse)

A Prefeitura de Nova Friburgo e a empresa Frienge assinaram nesta quinta-feira, 28, o contrato para a conclusão das obras de expansão do prédio anexo do Hospital Municipal Raul Sertã. No valor de R$ 4 milhões, o contrato tem previsão de 15 meses, e as intervenções já devem ser iniciadas na próxima semana, assim que a empresa retirar as licenças necessárias. A nova ala abrigará, segundo a Secretaria de Saúde, 30 leitos de terapia intensiva (CTI) e clínicas médicas.

Segundo o prefeito Renato Bravo, o fato de a obra já estar licitada garantiu a agilidade necessária para que o contrato fosse firmado. Sobre o valor investido, que é parte dos R$ 26 milhões adquiridos pelo município com a venda de ações da Energisa, agora destinados ao “pacotão de obras” do Executivo, ele explica que foram feitas apenas as correções monetárias, em função de a obra estar paralisada por cerca de seis anos.

“O projeto é o mesmo, apesar de conforme avaliação da empresa poderem ser feitas alterações, se estas forem melhores para o funcionamento e estruturação do espaço. O valor estimado na época da licitação já era próximo aos R$ 4 milhões orçados atualmente, o que fizemos foram as atualizações e correções, de acordo com os valores da construção civil”, explica Renato.

O projeto prevê ainda a instalação de dois elevadores e de uma central de ar-condicionado, que segundo o prefeito já estão em fase de estudo. Sobre a nova central de refrigeração, ele conta que esteve nesta quarta-feira em reunião com a concessionária responsável pelo fornecimento de energia e estão sendo levantadas as informações básicas para aquisição dos aparelhos.

A obra do prédio anexo à unidade hospitalar municipal é um projeto de 2012, iniciada por meio do projeto “Somando Forças”, do governo do estado. De acordo com a prefeitura, a empresa vencedora da licitação abandonou a construção por motivo de falência e, devido à crise financeira do Estado do Rio, as obras foram paralisadas.

Para aproveitar a licitação e dar continuidade ao projeto, o Executivo buscou as outras empresas participantes da licitação. A Frienge foi a terceira colocada no processo, mas aceitou realizar as intervenções pelos valores cotados pela primeira colocada, uma vez que a segunda empresa que havia apresentado o menor preço não concordou com os valores oferecidos.

Pela avaliação do diretor da Frienge, Aurélio Mury, apesar do tempo de paralisação, não há perdas na estrutura já construída: “Avaliamos a obra e concluímos que nada se perde. Agora só basta ter a ordem de serviço para iniciarmos os trabalhos”, afirma.

Expectativa é que obra fique pronta em um ano

Durante a oficialização do contrato, o prefeito Renato Bravo e a secretária de Saúde, Tânia Trilha, solicitaram ao representante da Frienge que as intervenções sejam realizadas de maneira acelerada e, se possível, a obra seja entregue no prazo máximo de um ano.

“Essa sem dúvida será uma obra que irá marcar a história de Nova Friburgo, é uma realização aproveitar esse espaço que estava parado e melhorar o atendimento do hospital, que completará em janeiro do próximo ano 100 anos. Vamos inclusive lançar em maio uma campanha pelo centenário do Hospital Municipal Raul Sertã”, acrescentou Renato.

CTI terá leitos de atendimento adulto e infantil

Segundo a secretária de Saúde, Tânia Trilha, o espaço ampliará em até 45% o atendimento da unidade hospitalar. Somente para o CTI está prevista a criação de 30 novos leitos, sendo 20 adulto e 10 infantis, que ficarão localizados no térreo do prédio anexo. Nos outros dois andares serão instaladas as clínicas.

Com aumento do número de leitos e ampliação do atendimento, a Secretaria de Saúde precisará aumentar também o número de funcionários para suportar a nova demanda. De acordo com a secretária de Saúde, essa avaliação já está sendo feito e um grupo de estudo será montado para avaliar a real carência de mão-de-obra do Hospital Municipal Raul Sertã.

“Estamos organizando um grupo de estudos, que irá equacionar quantos profissionais serão necessários para o atendimento, assim como questões de escalas de trabalho, carga horária”, diz Tânia.

Licitação em andamento contempla equipamentos para nova ala

Ainda de acordo com a secretária de Saúde, o novo espaço, quando inaugurado já terá equipamentos para funcionar. Segundo Tânia Trilha, para a licitação que está sendo realizada para aquisição de equipamentos com o recurso de R$ 10 milhões, destinado pela Ministério da Saúde, foram avaliados também o que seria necessário adquirir para equipar o prédio anexo.

São 596 equipamentos. Nós dividimos a licitação em sete processos, de média e alta complexidade e as datas dos cinco primeiros editais já estão estabelecidas. Estivemos nesta quarta-feira com a pregoeira, que já está marcando as datas para os dois últimos processos. Alguns equipamentos serão trocados assim que adquiridos e outros ficarão reservados para essa nova área”, explica a secretária.

Obras do prédio antigo estão quase prontas

Além da construção do prédio anexo, o Hospital Municipal Raul Sertã também passa por intervenções em seu prédio principal. Segundo o prefeito Renato Bravo, ainda não há data de inauguração do espaço, mas obras já estão em fase de conclusão.

“Infelizmente, por questões burocráticas, atrasamos o cronograma, mas tenho certeza de que muito em breve teremos daremos essa ótima notícia para a população”, diz Renato Bravo.

Sobre as intervenções, a secretária de Saúde esclarece que, diferente do que foi informado na matéria publicada na edição desta quinta-feira, 28, que incluía a lavanderia como uma das intervenções a serem feitas no prédio anexo, é no prédio principal que ela está construída.

“A lavanderia, recepção e ortopedia são obras que já estavam em andamento, antes do anúncio das intervenções no prédio anexo. A ortopedia estamos aguardando o andamento do processo para finalizar. Já a lavanderia está praticamente pronta, dependendo apenas da Energisa para verificar a parte elétrica, porque achamos que a carga não é suficiente para maquinário. E a recepção também está quase toda pronta, faltando apenas a publicação de um decreto de remanejamento para a gente fazer o último pagamento”, explica Tânia.

Além disso, a secretária conta que, como as novas máquinas da lavanderia ainda não terem chegado, para colocar em funcionamento o local serão instaladas as máquinas antigas, antecipando o atendimento.

 

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