A construção de muros de contenção no Rio Bengalas chegou, enfim, ao bairro Duas Pedras. Na manhã desta quinta-feira, 9, operários trabalhavam na obra que vai garantir a estabilidade da calha do rio, na altura da rodoviária norte. Máquinas e funcionários ocuparam parte de uma das faixas da Avenida Governador Roberto Silveira, o que causou retenção no trânsito, no sentido do centro de Nova Friburgo.
O trecho ainda não tinha muros de contenção às margens do leito. Na curva do J.J., em frente ao posto de combustíveis Raça, as obras estão quase prontas. Ontem, operários retiravam entulhos dos mais de dez imóveis, usados como moradia e também onde funcionavam oficinas mecânicas. Máquinas fizeram a terraplanagem e funcionários plantaram grama no espaço. Uma calçada está em construção.
As obras no rio recomeçaram em agosto do ano passado, depois de mais de seis meses paradas por causa da demora no pagamento de indenizações pelo governo do estado às famílias que tiveram que desocupar suas casas às margens do rio. Em setembro, o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, esteve na cidade e entregou 50 cheques a 24 donos de propriedades no local, um valor de R$ 4,2 milhões.
“Estivemos em Brasília e conseguimos a liberação para dar continuidade a esse trabalho”, explicou André Corrêa, na ocasião. “Depositamos hoje (6 de setembro) cerca de R$ 5 milhões na conta do consórcio responsável para que fosse possível recuperar o ritmo de obras, e ainda hoje faremos a indenização, pois havia esse impeditivo físico para que as obras avançassem. Agora, com esses pagamentos, a gente resolve 95% dos problemas”, previu Corrêa.
As obras de canalização do Rio Bengalas — estimadas em R$ 195 milhões — começaram há exatamente quatro anos e seriam entregues em abril de 2016, segundo o cronograma do projeto que é tocado pela EIT Engenharia e a Ferreira Guedes, empresas que integram o consórcio Rio Bengalas. A previsão de conclusão da obra, agora, é em julho deste ano.
O consórcio executou serviços de aumento da calha do rio, dragagem e desassoreamento para ampliar o escoamento das águas e construiu muros para garantir a estabilidade das margens do rio. Calçadas adaptadas para portadores de necessidades especiais também foram construídas e grades de proteção foram instaladas em alguns trechos. Falta, porém, calçadas no trecho entre o Colégio Rui Barbosa e a Faol. Até o último balanço divulgado pelo Inea, 463 imóveis em Conselheiro Paulino e no Córrego Dantas foram desocupados e famílias indenizadas a um custo de R$ 31,915 milhões.
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