Obituário — Antonio Lo Bianco

Nova Friburgo perdeu uma de suas mais queridas figuras. Faleceu na noite de sábado, 14, o comerciante Antonio Lo Bianco, que havia completado cem anos em fevereiro
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
por Jornal A Voz da Serra
Obituário — Antonio Lo Bianco

Antonio Lo Bianco
*10.02.1915   +14.11.2015

Nova Friburgo perdeu uma de suas mais queridas figuras. Faleceu na noite de sábado, 14, o comerciante Antonio Lo Bianco, que completou cem anos no último mês de fevereiro. Além de ser um dos mais antigos assinantes de A VOZ DA SERRA, Antônio Lo Bianco  marcou época na cidade. Por conta do seu centenário, recebeu homenagem especial da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio). Era filho de Gelsomina Cassano e Francesco Lo Bianco; viúvo de dona Yvonne, com quem foi casado por 64 anos, e pai de dois filhos, Ronaldo e Ana Carolina, e avô de cinco netos. Era natural da cidade italiana de São Francisco de Paola.

Antonio Lo Bianco, imigrante italiano que chegou a Nova Friburgo ainda garoto, passou a fazer parte da  memória do município e a integrar a história das entidades e o desenvolvimento do comércio local. Ele chegou aos cem anos de vida em plena forma e lucidez. Transferiu-se ainda menino para Nova Friburgo, trabalhou pesado e construiu empresas que foram tradição em Nova Friburgo, como o Bar Universal, a fábrica de massas São Francisco, a fábrica de biscoitos amanteigados Curumim e a loja Galeria Universal.

Durante a homenagem, Antonio Lo Bianco, um dos fundadores da CDL, recebeu uma placa comemorativa ao seu centenário, pois continuava participando dos eventos promovidos pelas duas entidades do comércio e ainda era representado nas diretorias pelo filho Ronaldo, vice-presidente da CDL e diretor-tesoureiro do Sincomércio.

No último mês de abril, Antônio Lo Bianco também participou da homenagem prestada pela Câmara Municipal pelos 50 anos da CDL. No mesmo mês, o veterano comerciante enviou mensagem ao jornal, que festejou 70 anos de atividades. Disse ele que A VOZ DA SERRA é uma entidade que não tem preço. “É de grande valor para Nova Friburgo e para nossa história. Era e é através dessa leitura que eu fico sabendo das coisas e das personalidades, personagens conhecidos ou anônimos, de todas as classes e origens. É até difícil para mim expressar a ligação que tenho com essa ‘casa’. Ler o jornal era a primeira coisa que fazia, e ainda faço todos os dias, durante o café da manhã. Eu convivi com os saudosos Américo (Ventura, fundador do jornal), que era uma pessoa muito interessante, envolvente, assim como o seu filho Laercio (Ventura, diretor do jornal por 40 anos). Eles tinham o mesmo jeito de tratar as pessoas, de cativar. Ao mesmo tempo em que eram amigáveis e solícitos, eram firmes, e de caráter forte. E ser assim tinha muito valor naquela época. Eu acredito que o sucesso do jornal se deve muito a essa maneira de ser dos dois, que souberam conduzir com muita competência e honradez essa empresa. E, se Deus quiser, há de continuar nesse caminho com Adriana e Gabriel Ventura”, disse ele à época.

O corpo de Antonio Lo Bianco foi velado no Memorial SAF no domingo, 15, de onde saiu às 14h30 para ser cremado às 15h no Cemitério Luterano.

À família enlutada, direção e equipe de A VOZ DA SERRA enviam seu pesar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS: Antonio Lo Bianco | obituário
Publicidade