OAB Mulher realiza seminário sobre a Mulher Advogada e os Direitos Humanos

Objetivo é fomentar parcerias, prevenção de gravidez na adolescência e apoio às mães
segunda-feira, 02 de dezembro de 2019
por Jornal A Voz da Serra
OAB Mulher realiza seminário sobre a Mulher Advogada e os Direitos Humanos

 

Nesta próxima sexta-feira, 6 de dezembro, a Comissão OAB Mulher, em conjunto com os rotarys clubes Nova Friburgo e Imperador, vão promover o evento “A mulher advogada e os direitos humanos: promovendo a paz através do diálogo”, a partir das 14h na 9ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil no município (Praça Getúlio Vargas, 89. O evento fará parte da Campanha Laço Branco, que tem por finalidade estimular a sociedade a se engajar na luta pelo combate a violência contra a mulher.

O projeto tem o objetivo de incentivar parcerias para prevenir a gravidez na adolescência e fornecer orientações e apoio às mulheres que são mães e as que estão no período do puerpério (até 45 dias após o parto). O seminário começará com a mesa de abertura discutindo a função social da mulher advogada na preservação dos Direitos Humanos, a mulher rotariana e os espaços de poder, projeto “Rotary conectado com a OAB Mulher” e a campanha “Laço Branco: homens pelo fim da violência contra mulher”.

Às 14h30, a mesa discutirá os temas “Direitos sexuais e reprodutivos”, “Gravidez na adolescência”, “Prevenção combinada e Mandala da Prevenção” e “Violência obstétrica ao parto humanizado: caminhos possíveis”. Finalizando o evento, às 17h a mesa discutirá os desafios do puerpério com os temas “Aleitamento materno” e “Saúde mental da mulher”.

Laço Branco

O dia 25 de novembro foi proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a Mulher. Por isso, na última segunda-feira, 25, teve início a campanha Laço Branco que vai até o dia 6 de dezembro. A campanha vai desenvolver uma série de ações e manifestações públicas em favor dos direitos das mulheres e pelo fim da violência.

Segundo o site oficial da campanha, no dia 6 de dezembro de 1989, um homem de 25 anos (Marc Lepine) entrou armado na Escola Politécnica de Montreal, no Canadá. Em uma sala de aula, ele ordenou que os homens (aproximadamente 50) se retirassem e assassinou 14 mulheres. Em seguida, saiu atirando pelos corredores e outras dependências da escola, gritando “Eu odeio as feministas”. Desta forma, ele matou 14 estudantes, todas mulheres. Feriu ainda outras 14 pessoas, das quais dez eram mulheres. Depois se suicidou.

Em Nova Friburgo, a campanha Laço Branco é organizada pela produtora Ana Paula Lengruber, desde 2016. Segundo ela, na primeira edição foi feito um desfile com mulheres que já sofreram violência doméstica, além de dez dias de ativismo em conjunto com o Centro de Referência da Mulher (Crem). A organizadora disse que se surpreendeu com a quantidade de amigas que passaram ou estavam passando por situações abusivas.

A campanha foi relançada na última segunda-feira com um ensaio fotográfico com modelos homens e mulheres, pelas lentes do fotógrafo Pedro Bessa, todos voluntários e foi motivada pelo recente e brutal caso de feminicídio que teve como vítimas Alessandra Vaz e Daniela Mousinho, após um incêndio criminoso na casa de Alessandra, no distrito de Mury.

 “A morte delas me motivou a fazer alguma coisa. Há dois meses me reuni com algumas amigas para elaborar a campanha. O fotógrafo Pedro Bessa, de forma voluntária, abraçou a causa e fotografou pessoas dispostas a colaborar. A jornalista Isadora Massena fez a arte e toda a concepção da campanha. O roteiro ficou por conta da jornalista Naiara Rentes. Lançamos a campanha no último dia 25 e faremos ações ativistas pelos próximos dez dias”, assegurou Ana Paula.

Fazendo a diferença

A vontade de fazer a diferença é tamanha que a loja Oficina da Cor confeccionou as camisas da campanha gratuitamente. A ideia é encorajar mulheres a denunciar comportamentos abusivos. Além de contar com inúmeros voluntários para posar para as lentes dos fotógrafos, muitas pessoas se interessaram em adquirir as camisas usadas no primeiro ensaio. Segundo Ana Paula já foi realizado um novo pedido para confecção de novas camisas, em diversos tamanhos.

“Fizemos um pedido de mais 50 camisas que vamos vender a preço de custo. Não queremos ganhar dinheiro com isso, queremos que as pessoas tenham as camisas, que as pessoas usem e encorajem mulheres a fazer denúncias”, disse Ana Paula. 

 

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