No Antigo Egito, o pão era moeda de troca e pagava salários: um dia de trabalho valia três pães e dois vasos grandes de cerveja. A posição social de uma pessoa podia ser percebida pela cor do pão que ela consumia. Por exemplo, pão preto representava baixa posição social, enquanto pão branco, alta posição social: porque o processo de refino da farinha branca era mais caro. Nada como o tempo, para as coisas mudarem, não é mesmo? Hoje, é o contrário: os pães pretos são mais caros e, por vezes, mais apreciados devido ao seu valor nutritivo.
Lá se vão séculos, milênios, desde que esse alimento sagrado, em constante evolução, reina solene em nossas mesas nas primeiras horas do dia. Pois bem, os profissionais que não deixam que falte o pão nosso de cada dia, têm data para serem festejados: 8 de julho. A eles, aos padeiros, dedicamos esta edição, a esse trabalhador que enche o nosso café da manhã de sabor e energia.
Cerca de 2.500 a.C os egípcios já dominavam a fabricação de bolos e pães, misturando farinha de centeio e de trigo em recipientes de barro. As técnicas foram se popularizando e o ofício de fazer pães passou a ser encarado como arte. E como tal, se reinventava com novos ingredientes.
Como a inclusão de fermento, água e farinha peneirada nos pães caseiros, dando um novo sabor e textura aos alimentos. Inicialmente, os pães eram feitos só por mulheres, mas logo surgiram os padeiros, que diversificaram as receitas e começaram a temperar as massas com frutas, ervas, nozes e outros ingredientes. As novas técnicas e a profissão foram difundidas pela Grécia, pela Itália e logo ganharam o mundo...
… e o Brasil também. Aqui, as panificadoras se multiplicam e se diversificam. Assim como a produção caseira de Friburgo, que é farta em padeiros(as) com seus “negócios de família”. Por aqui, as receitas caseiras são a base de novas empresas de produtos artesanais.
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