Creio que o comércio e a indústria de Nova Friburgo deverão aproveitar muito com a realização da Fevest de 5 a 7 de agosto próximo. As reuniões preparatórias já estão ocorrendo, e se espera que pessoas de diversos estados e do exterior venham a Nova Friburgo para comprar moda íntima. Os setores envolvidos estão se preparando.
Durante a última reunião na Acianf que tratou sobre o tema mostrou que ainda falta alguma coisa. A sócia de uma pousada levantou uma questão relevante e que poucas pessoas se preocupam. Os seus hóspedes não conseguem fazer compras desde o sábado à tarde até segunda às 13 horas porque as lojas estão fechadas, apesar de a cidade ser turística.
Naquela reunião foi explicado que existe uma forte resistência para a abertura do comércio nos fins de semana porque os funcionários recusam aceitar trabalhar em plantões de fins de semana. São desculpas, justificativas jurídicas e de postura apresentadas que explicam o problema, mas não dão a solução.
O estudo da inovação nos ensina que é um problema, pequeno ou grande, que leva o empreendedor a criar e encontrar um novo produto ou serviço que atenda a um grupo de clientes novos, mas que ninguém esteja produzindo para atender as suas necessidades. A sócia da pousada sugeriu que as empresas contratem equipes com pessoas que queiram trabalhar só três dias por semana, isto é, de sábado de manhã até segunda às 14h, tal como ocorre em cidades turísticas em países como Canadá, EUA e outros na Europa. E Nova Friburgo tem como replicar essa boa prática.
Nova Friburgo consegue atrair turista, o que é o mais difícil para uma cidade. Esses turistas estão querendo comprar, o que é excepcional e difícil de ocorrer nos dias de hoje. Ir as compras é lazer e diversão para muitas pessoas que têm tempo para gastar um pouco de dinheiro comprando presentes e roupas para seu dia a dia. Além de as pessoas ao retornar às suas cidades de origem exibir essas roupas para pessoas que ainda não conhecem a cidade, ou seja, fazem propaganda gratuita da nossa moda íntima. Temos diversão, restaurantes fantásticos, descanso, etc.
Falta muito pouco para que as instituições empresariais e governo entendam que com um pequeno esforço o lucro seja grande para a cidade, para a moda íntima, para os hotéis. Mas tudo isso é POUCO se percebermos que o CLIENTE, nosso principal alvo, e que nos sustenta, fique SATISFEITO. É um tema que muitos falam da boca para fora, mas que ainda não é colocado na prática do dia a dia em algumas empresas.
A necessidade do turista já foi identificada na pesquisa feita por uma hoteleira de Nova Friburgo, isto é, ele quer comprar além de descansar. Esse é o problema. A inovação que terá que ser criada é: “Como permitir que o turista realize o seu desejo de comprar quando uma loja está trancada”.
Prof. Adm. Aloisio Pombo, MSc.
Mova—Consultoria em Gestão Estratégica.
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