Vinicius Gastin
Abrem-se as cortinas no palco do Teatro Municipal Laercio Ventura. O jovem Thiago Guzzo olha para a plateia repleta, e depois de um tímido cumprimento, canta o clássico "Palpite infeliz”. A resposta do público é imediata, com um coro seguido de sinceros aplausos. A cena se repete a cada interpretação dos sucessos do compositor. O espetáculo "O Gama canta Noel Rosa”, promovido pelo Grupo de Arte, Movimento e Ação emocionou a todos que compareceram ao teatro nas noites de quinta e sexta-feira.
"Procuramos respeitar as pessoas que gostam de um bom trabalho, abraçando todos os aficionados por melodia, harmonia e ritmo”, disse Julio Cesar Seabra Cavalcanti, o Jaburu, produtor do evento.
Autor de mais de 200 composições em apenas 26 anos de vida, Noel Rosa ainda mobiliza o cenário musical brasileiro 77 anos depois de sua morte. As situações do dia a dia descritas de forma crítica e bem-humorada retratam o cotidiano e aproximam a classe média e as comunidades do Rio. No palco, as letras do Poeta da Vila ganharam vida na voz de Guzzo, acompanhado por Daellon Gomes (bateria), Ozias Gonçalves (baixo), Duduca Lopes (percussão) e Danilo Klem (flauta transversa), com bela iluminação cenográfica e a clássica imagem de Noel ao fundo. Ambiente e arranjos perfeitos para duas noites memoráveis.
"Montamos tudo cuidadosamente, atentos aos mínimos detalhes. E com os apoios do Frigodário, Wermar, Gemini e Pedrinco Art, mais Lokasom, o Sopinha e o Ricardo na iluminação, José Tadeu e Chico Figueiredo. Toda essa equipe foi fundamental para a realização do evento”, agradeceu Jaburu.
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