“O santo milagroso” entra cartaz no dia 19 no Teatro Sania Cosmelli

O Grupo em Grupo de Artes Cênicas, conhecido pela irreverência de suas montagens—como “Velório à brasileira” e “Coitado, quem diria, entrou numa fria”—estreia no dia 19 de outubro, o premiado texto “O santo milagroso”, de Lauro César Muniz, às 20h, no Teatro Sania Cosmelli (Colégio Nossa Senhora das Dores). Antes, haverá uma pré-estreia na próxima sexta-feira, 12, no Teatro Galpão Cultural, em Bom Jardim, onde ficará em cartaz durante apenas o fim de semana. 

Numa pequena cidade do interior do Brasil, o padre e o pastor disputam a preferência dos fiéis. Um romance que parecia impossível, tipo Romeu e Julieta, dá início a uma grande confusão que se transforma num “milagre”. Várias situações inusitadas e cômicas se estabelecem a partir disso e culminam com outro “milagre”, que leva a pequena cidade às manchetes dos principais jornais do país.  

Um grande evento dá notoriedade à igreja católica e promove romarias e mudança de lado na preferência religiosa dos populares. O poder está presente na figura do “coronel” que detém não só o poder político, como já era de se esperar, mas também o econômico. Dessa forma, domina e manipula o vigário e o pastor. Já o poder religioso, em sua instância maior, é de domínio do bispo que se apresenta para interferir no processo de euforia geral.

O espetáculo é conduzido num clima descontraído, através de contação popular, onde o narrador, o Juca, é o próprio beneficiado pelo “milagre”. Os atores se revezam num dinâmico troca-troca de funções, interpretando, cantando, dançando e tocando vários instrumentos, dando ao espetáculo um tom de diversão e alegria que contagia e estimula os espectadores.

Para esta nova montagem, o produtor Wilson Wagner convidou novos atores para se juntar ao grupo: Lucia Palomo e Jerônimo Nunes, que já desenvolviam trabalhos como autônomos e em outras montagens. Para a direção, convidou a atriz e diretora Daniela Santi. Dessa nova composição resultou uma releitura do texto, incrementando-o com novos escritos e com músicas populares que tiveram as suas letras adaptadas à situação do texto. 

Nesta produção o grupo prima pela excelência de sua ambientação cênica, figurino, iluminação e coreografia, com profissionais qualificados e com senso estético de acordo com os padrões cênicos desejados. O figurino foi confeccionado a partir da ideia da utilização de uma roupa básica para os atores, com complementos necessários para cada personagem, tendo aplicadas gravuras comuns nos panos de pratos. Estampas populares, comuns em todos os lares, criam uma intimidade e identificação do público com os personagens da história. A iluminação é parte fundamental da montagem, pois ponteia com detalhes criativos e surpreendentes a concepção da direção. 12 anos