Nova Friburgo sempre foi conhecida pela sua tradicional festa da cerveja. Além dos diversos atrativos da cidade, a festa sempre foi responsável por movimentar a economia e era marcada por shows de artistas bastante conhecidos pelo público. Em 2008 a festa foi realizada pela última vez e este ano retornou ao calendário de eventos da cidade com o nome Maifest, lançado em 1989. A VOZ DA SERRA foi às ruas para saber o que a população achou da reedição do evento.
“Eu acho legal ter realizado a festa. Friburgo não tem nada mesmo, se tiver algo já é bom. Mas eu acho que cidade de interior, pequena, quando faz aniversário, tem tudo. Cachoeiras de Macacu, por exemplo, levou o Jota Quest de graça. Aqui fazem uma festa com a maioria de bandas locais. Tudo bem que a cidade está passando uma situação difícil, está com buraco, bueiro entupido, ninguém resolve nada de aluguel social, enfim, todas essas coisas acontecendo. Mas o povo quer um pouquinho de respeito. Tem que trazer um show legal. Eu fui para Cachoeiras de Macacu quando teve festa lá. A minha opção é ir pra outras cidades, porque Friburgo não tem nada. Quem perde? A cidade deixa de ganhar porque não atrai turista, ou seja, eu gastei dinheiro em outra cidade, e aí? Eu levei dinheiro, fiquei em hotel, então acho que é preciso movimentar a cidade, trazer turistas e coisas diferentes. Para se ter uma ideia, os Jogos Florais foram poucos divulgados. Cadê a essência do friburguense? O friburguense tem que voltar a falar: eu tenho orgulho de ser friburguense!”
Kyscilla Maria, 27 anos, jornalista, Centro
“Tudo é válido depois do que a cidade passou. Qualquer evento, qualquer reunião ou coisa que reúna grupos de pessoas, eu acho superválido, mas tudo isso depende de uma boa divulgação. Eu, que lido com televisão, rádio e jornal, fiquei sabendo dois dias antes da festa. Então, eu acho que falta divulgação, que é o mais importante para um evento dar certo. Eu não fui, mas passei por lá e vi que estava cheio, mas acho que falta divulgação e falta reunir mais o grupo de pessoas que organiza as coisas na cidade. Eu acho que quem organiza pensa muito só em si. Eu, por exemplo, tenho programa de televisão e não recebi nada, nem uma nota de divulgação da festa. Ou seja, não dão importância.”
Ricardo Cler, 44 anos, produtor de moda, Centro
“Considero uma atitude positiva do governo municipal, uma vez que permite à sofrida população esquecer, pelo menos momentaneamente, suas mazelas político-administrativas.”
Nilo Sérgio Oliveira, 43, advogado, Conselheiro Paulino
“Eu acho que diante da baixa autoestima que o friburguense vive, qualquer coisa é válida para levantá-la. Eu não fui, mas parabenizo. Eu acho que é preciso levantar a autoestima dessa cidade. E como fazer isso? Realizando eventos gratuitos. É muito importante frisar isso, da importância de realização de eventos gratuitos para a população. Eu achei ótimo que foi dado espaço para as pessoas de Friburgo, bandas e costumes. Acho isso fundamental para Nova Friburgo, para o momento que estamos vivendo, político e econômico. Eu acho que tudo que for feito para levantar a autoestima é um ótimo negócio.”
Deuclenir Moreira, 56, aposentado, São Geraldo
“Eu acho fundamental que retorne com a festa, mas tem que ser cada vez mais bem planejada e bem organizada. Eu acho que dessa vez as coisas foram feitas um pouco em cima da hora, mas é sempre importante. Houve pouca divulgação, foi mal divulgado, mas eu acho que o resultado é sempre positivo. Acho importante não deixar de ter a tradição. A estrutura foi bacana, bem montada, bem organizada, agora, precisava ter acontecido uma divulgação não só aqui dentro da cidade, como fora também, para trazer turistas e incentivar as próprias empresas e cervejarias a participarem do evento. Mas eu acho que deve ser cada vez mais aprimorada e aperfeiçoada. É um grande produto que nós temos que não pode ser perdido.”
Dwaldo Ghizi, 49 anos, administrador, Parque Imperial
“Na verdade eu nem fui à festa. Não sou de ir em festa. Mas acho que foi mal divulgado. O pessoal de fora não teve oportunidade. O pessoal só soube da realização do evento uma semana antes. Eu só soube cinco dias antes, então foi mal divulgado. O povo friburguense não sabe divulgar os eventos da cidade.”
Victor Barbosa, 26 anos, instrutor de muay thai, Amparo
“Eu tô um pouco por fora do que aconteceu na festa. Eu vi um anúncio na televisão, mas não prestei atenção. Mas acho bom, porém, não sei se teve a participação de cantores gospel, porque quando vi que teria a Maifest fiquei na dúvida, já que o gospel também é necessário para as pessoas que gostam. Eu gosto de música gospel e se tem um cantor, acabaria indo. Então, se não tem, não é válido. Além disso, a festa não foi bem divulgada.”
Edna Dornellas, 48 anos, auxiliar de creche, Conselheiro Paulino
Deixe o seu comentário