Comemorado no dia 31, o Halloween — aqui conhecido também como Dia das Bruxas — é uma festa típica dos países da língua inglesa, mas vem se popularizando cada vez mais no Brasil. Prova disso é a série de eventos que costumam ser promovidos por casas noturnas, bares, restaurantes, escolas e cursos de inglês de várias cidades do país. Em Nova Friburgo, a comemoração também vem ganhando espaço e caindo no gosto de adultos e crianças. A reportagem de A VOZ DA SERRA foi às ruas saber a opinião das pessoas a respeito da popularização desse costume.
"Concordo com essa popularização, porque a festa é mais um evento para as pessoas curtirem e se fantasiarem. É mais uma oportunidade de diversão e de termos um evento diferente na cidade, que oferece poucas opções de lazer.”Fernando Emerick, 36, representante comercial, Mury
"Não tenho uma opinião formada a respeito disso e sou indiferente. Acho que é uma festa que não traz benefício nenhum.” Maria de Almeida, 37, dona de casa, Vila Amélia
"Na verdade, os costumes e modismos americanos costumam ser importados pelos brasileiros, que acabam se influenciando e deixando meio de lado nossas festas típicas. Mesmo assim acho que o Halloween é uma festa bem-vinda e também está ligada à cultura.” Luana Cereja, 17, estudante, Centro
"Eu não vou e não curto esse tipo de festa, que é inspirada em coisas de terror. Isso é só para quem gosta e eu não acho legal todo esse alarde com um costume que veio de fora.” Reginaldo Freiman, 33, eletricista, Olaria
"Acho que a festa das bruxas é uma brincadeira divertida e que vem conquistando cada vez mais crianças, jovens e até adultos. Não vejo problema algum em se comemorar a data aqui no Brasil, apesar de ser algo copiado dos americanos.” Maria Dias, 65, aposentada, Centro
"Desde que não cause dano nenhum à cidade e à população, acho que é válida essa comemoração do Halloween. É mais uma opção de diversão para as pessoas.” Rogério Asth Mafort, 32, gerente, Lumiar
"Acho legal o Halloween, porque é uma festa diferente das outras e tem uma proposta mais divertida.” Andreza Farias, 18 anos, estudante, Olaria
"Nossa cultura não tem nada a ver com essa festa de Halloween. Essa popularidade da festa nada mais é do que uma americanização dos nossos costumes.” Cristiano Coelho Ferreira, 30, representante comercial, Olaria
"Acho válido porque é algo que socializa as pessoas e movimenta a economia da cidade. Na Região Serrana temos poucos eventos e acho interessante esse tipo de festa que é inovadora e tem um sentido cultural. Acho, inclusive, que a administração pública poderia explorar mais essas festas e investir em eventos temáticos. Isso motivaria o comércio, os bares, restaurantes e casas noturnas da cidade e atrairia turistas.” Márcia Tapea, 41, comerciante, Centro
"Acho que as festas e comemorações que brincam com a imaginação das pessoas são sempre interessantes, não importa se têm origem nacional ou não.” José Sérgio Pereira da Silva, 47, autônomo, Conselheiro Paulino
Uma festa com dois mil anos que chegou para ficar no Brasil
O que você faria se uma alma penada batesse à sua porta à procura de doces? Há milênios era essa a crença que povoava o imaginário de um povo e que acabou originando o atual Dia das Bruxas, o Halloween, comemorado em 31 de outubro. Lenda ou não, a festa tipicamente americana chegou pra ficar no Brasil há cerca de 13 anos, quando passou a ser tema de diversos eventos.
O Dia das Bruxas surgiu há dois mil anos quando povos celtas festejavam o fim do verão, o início do Ano-Novo e as fartas colheitas. Acreditava-se que na noite de 31 de outubro acontecia o encontro entre o mundo espiritual e material.
No mundo moderno, o Halloween surgiu no século XIX, quando irlandeses implantaram a festa nos Estados Unidos. A data virou uma tradicional festa infantil na qual crianças se fantasiam e pedem doces de casa em casa, indagando: "Tricks or treats?” (travessuras ou gostosuras?).
A animação é tanta que dia 31 de outubro é feriado nos Estados Unidos e o comércio registra alto volume de vendas, superior somente ao da época de Natal. Fantasias, presentes, guloseimas e acessórios estão entre os itens mais procurados pelos americanos e a festa no total costuma movimentar cerca de US$ 7 bilhões por ano.
No Brasil a festa ficou mais conhecida através das escolas de inglês. Logo foi adaptada por clubes, restaurantes e casas noturnas, que fazem da data um verdadeiro atrativo para crianças, jovens e adultos.
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