O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) foi construído para atender a uma das ações propostas no Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, elaborado há três anos com a participação de mais de mil pessoas entre empresários, técnicos e especialistas e acadêmicos de diversas áreas. Todos os anos o IFDM é divulgado, e a sociedade pode acompanhar a evolução do desenvolvimento.
O IFDM supre a inexistência de um parâmetro para medir o desenvolvimento sócioeconômico dos municípios e distingue-se por ter periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional. O mais bem-sucedido entre os demais indicadores, o IDH-M, criado pela Organização das Nações Unidas, por exemplo, baseia-se em dados do censo demográfico, realizado a cada 10 anos.
Os dados oficiais mais recentes que estão disponíveis, específicos para os municípios e utilizados para medir as três áreas (emprego e renda, educação e saúde) que compõem o índice, são de 2006. (Ano passado, em sua primeira edição, o IFDM foi calculado para 2000 e 2005.) Em cada uma dessas áreas, os municípios, capitais e estados do país podem ser comparados entre si no grupo a que pertencem, isolada e evolutivamente.
O IFDM varia numa escala de 0 (pior) a 1 (melhor) para classificar o desenvolvimento humano, de acordo com dados oficiais relativos a emprego e renda, educação e saúde. Os critérios de análise estabelecem quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento humano.
No ranking municipal, em 2006, a liderança coube a São Caetano do Sul (SP), com 0,9524 pontos, e o menor índice, a Santa Luzia (BA), com 0,2928 pontos. Quatro capitais figuraram entre os 100 primeiros colocados do ranking em 2006: Vitória, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte, contra apenas duas (Curitiba e Vitória) em 2005.
O Rio de Janeiro manteve-se estável, com Macaé e Niterói entre os 100 primeiros municípios, mas o estado foi o único a subir para o alto nível de desenvolvimento, juntando-se a São Paulo e Paraná.
REGIÃO CENTRO-NORTE FLUMINENSE
Entre as nove regiões do estado - divididas pela Firjan entre: capital e as regiões Sul, Baixada I, Leste, Noroeste, Norte, Centro-Norte, Serrana e Baixada II - a Região Centro-Norte Fluminense, cujo polo é Nova Friburgo, é a sétima colocada no Ranking IFDM 2006. De forma geral, a concentração de municípios mais desenvolvidos do estado está na região Sul e Capital. As outras áreas, excetuando-se os municípios de Macaé e Niterói – os únicos do estado que estão entre os cem maiores IFDMs brasileiros, apresentam nível de desenvolvimento apenas moderado no período estudado.
O município de Nova Friburgo ocupa o 12º lugar no ranking estadual, apresentando variação negativa em relação ao período anteriormente divulgado (2000-2005), quando ocupou a 9ª posição. Segundo a metodologia da Firjan, Nova Friburgo teve em 2006 seu melhor desempenho na Saúde e o pior na vertente emprego e renda. Em nível nacional, o município caiu da 311ª posição para a 358º.
Ainda no ranking estadual, comparando os resultados de 2005 e 2006 entre os 92 municípios do estado, Teresópolis se manteve no 18º lugar; Cordeiro subiu de 43º para 25º; Cantagalo subiu de 29º para 26º; São Sebastião do Alto subiu de 71º para 53º; Sumidouro subiu de 63º para 59º; Duas Barras caiu de 57º para 60º; Cachoeiras de Macacu subiu de 83º lugar para 65º; Macuco subiu de 72º para 69º; Bom Jardim subiu de 78º para 77º; Carmo subiu de 86º para 78º; Trajano de Moraes, subiu da última colocação, 92º, para 79º; Santa Maria Madalena caiu de 66º para 83º.
Emprego e Renda - Segundo a Diretoria de Desenvolvimento Econômico da Firjan, na região, o melhor desempenho evolutivo em 2006 foi do município de Trajano de Moraes, que apresentou crescimento significativo em todas as três áreas de desenvolvimento acompanhadas pelo IFDM. Dos treze municípios, apenas quatro estão um pouco acima da média do IFDM do estado. Novamente, dos três indicadores que compõem o IFDM, o que mais contribuiu para o baixo desempenho da região foi o de Emprego e Renda, que se apresenta, majoritariamente, entre os níveis baixo e regular, embora tenha havido incremento nos índices de nove municípios e decréscimo em apenas quatro (confira as tabelas abaixo).
As variáveis que compõem o índice de Emprego e Renda são: geração de emprego formal, estoque de emprego formal e salário médio do emprego formal (fonte: Ministério do Trabalho); o de Educação inclui taxa de matrícula na educação infantil, taxa de abandono escolar, taxa de distorção idade-série, percentual de docentes com nível superior, média de horas-aula diária e resultado do IDEB (fonte: Ministério da Educação); e o de Saúde são número de consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas e óbitos infantis por causas evitáveis (fonte: Ministério da Saúde).
Acesse www.firjan.org.br/site/ifdm para obter a íntegra do trabalho, tabelas, rankings e visualização no mapa do Brasil, no Google Earth, do desempenho dos municípios brasileiros.
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