A simplicidade e o baixo custo, tornam o rádio um meio que promove a vida em comunidade”
"Em todo o mundo, aumentam os casos de emergências humanitárias e desastres, com terríveis consequências para vidas humanas e, por vezes, reduzindo anos de desenvolvimento a nada.
No meio das ruínas e diante de uma emergência, com frequência, o rádio é o primeiro meio para a sobrevivência. Sua durabilidade é uma vantagem incomparável, permitindo muitas vezes que resista a choques e retransmita mensagens de proteção e prevenção para a maior quantidade possível de pessoas, de uma forma melhor e mais rápida do que outros meios de comunicação e, com isso, salvando vidas.
Sua disponibilidade, simplicidade e baixo custo também tornam o rádio um meio que promove a vida em comunidade, oferecendo uma forma de fortalecer os laços sociais e assegurar a participação das pessoas em programas humanitários, bem como nas discussões que lhes servem de base. Inúmeros relatos de vítimas descrevem como o rádio permitiu que famílias separadas se reencontrassem, retomassem o contato e readquirissem a esperança. As rádios comunitárias são o exemplo perfeito desse processo e, por isso, devem ser apoiadas.
O poder do rádio também depende dos jornalistas, que estão entre as primeiras pessoas a chegar aos lugares para testemunhar os eventos e dão voz a atores e vítimas locais, para aumentar a conscientização e mobilizar recursos, sem o que não é possível ter ações humanitárias efetivas. Eles desempenham um papel crucial na apresentação dos fatos, evitando o sensacionalismo e a manipulação no debate público. É por isso que nada deve ser questionado no que diz respeito ao direito à informação ou à segurança dos jornalistas.
Irina Bokova
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