Dezoito dias. Dezenas de atrações. Milhares de espectadores. Milhões de aplausos. O 9º Festival Internacional de Inverno de Nova Friburgo terminou como começou: prestigiado pelo público, friburguenses e turistas, com apresentações de qualidade.
A qualidade foi o destaque, tanto em relação aos grandes nomes, artistas renomados, como a prata da casa, dezenas de artistas friburguenses que honraram a tradição do festival e mostraram sua técnica e seu talento.
Não é possível ressaltar apenas um evento que se possa dizer ter sido o grande destaque. Como não falar do ballet de abertura, A Flauta Mágica; ou do grupo argentino Narcotango; dos antigos, mas sempre atuais, Blues Etílicos; das centenárias bandas Campesina e Euterpe; do talentoso Claudio Dauelsberg; do fantástico Yamandu Costa; ou dos incríveis Três Tenores Brasileiros; da apresentação de Ana Botafogo que enlevou o público; o rock quase jurássico, mas que agrada várias gerações, dos Titãs; e as várias orquestras, da Candido Mendes, Jovem de Campos e Petrobras; ou o impressionante Talun. Mais fácil seria reproduzir toda a programação e detalhar o que foi cada apresentação.
Mas o que fica é a certeza de que Nova Friburgo tem a cultura na sua alma, no seu povo, que prestigia e aprecia belos espetáculos, que se dispõem a enfrentar o frio, componente essencial da beleza cênica do festival. Dezoito dias. Dezenas de atrações. Milhares de espectadores. Milhões de aplausos. Poderiam ser mais dezoito, basta oferecer qualidade que o público responde, comparece. É uma opinião pessoal? Certamente. Mas é também uma opinião compartilhada pelo público. Esta certeza vem dos aplausos, dos comentários após as atrações e da expressão nos rostos de crianças, de adultos e de idosos.
Estão de parabéns todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para que mais um festival como este acontecesse. As dificuldades, que sempre existem, ficaram nos bastidores, não atrapalharam e nem impediram o sucesso do festival. Não é nada fácil conseguir montar, executar, e ter um êxito tão expressivo num evento do porte do que o que tivemos de 15 de julho até 1º de agosto.
Para a nova geração é um deleite poder apreciar o Festival de Inverno. Para os mais antigos, que se lembram dos primeiros festivais, é ainda mais prazeroso, pois além dos espetáculos em si, vem a certeza de que o sonho não acabou e que os anos de interrupção não prejudicaram a qualidade do evento.
O melhor do 9º Festival Internacional de Inverno de Nova Friburgo foi ele ter acontecido mais uma vez. E que venham muitos festivais pela frente. Nova Friburgo merece.
Rosa H. Martire - jornalista
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