Não tem docinho com nome mais sugestivo num casamento do que o bem-casado. Tradicional há décadas, ele não sai de moda. Ao contrário, virou até lembrancinha de fim de festa. Fica ali, numa mesa na saída, esperando os amigos dos noivos se despedirem para ser entregue como agradecimento pela presença.
Mas nem só com bem-casados se faz uma festa de casamento. Segundo Manoela Sepulcri, que se dedica a bufês há mais de 20 anos, apesar de surgirem vários doces de tempos em tempos, alguns nunca saem de moda, como os brigadeiros, quindins, olhos de sogra.
“A escolha dos doces vai depender muito do gosto dos noivos, mas bombons, caramelados e fondants sempre são pedidos”, afirma Manoela, que começou com confeitaria em 1983, em Teresópolis. “Faço muito também o ouriço, que é um doce de gema com castanha de caju e bombons de cereja. Os docinhos com nozes, tâmaras e damasco também têm uma boa saída. Agora estou fazendo um com laranja kinkan”, conta. Os “macarrones”, um suspiro com farinha de amêndoas, também está em alta. Os saquinhos com as chamadas amêndoas da sorte é um charme a mais ao serem distribuídos para os convidados.
Cuidados a
serem tomados
Manoela lembra que, como em todos os serviços voltados para casamentos e festas em geral, é necessário cuidados na hora da escolha dos profissionais. “Como diz o ditado, às vezes o barato sai caro. Então, é fundamental que os noivos se certifiquem sobre quem estão contratando, se a pessoa tem credibilidade no mercado, comprometimento. Tem casos em que, simplesmente, pessoas que se dizem profissionais pegam o dinheiro e somem. Mas não é só isso que os contratantes precisam ficar atentos. A qualidade do serviço tem que ser checada, não só o que diz respeito à culinária em si. É preciso que o profissional tenha conhecimento de bufê”, ressalta ela.
Sobre o prazo de contratação do serviço, Manoela diz que o ideal é que haja bastante antecedência. “Pode ser logo depois de marcarem a igreja e o local da festa. Claro que, para eventos pequenos, do dia a dia, esse prazo é menor. Faço até com um mês. Mas festas maiores, como casamentos, o prazo ideal é entre um ano a seis meses. Atendo onde me requisitarem, mas é preciso planejamento e experiência para que dê tudo certo.”
Jantar ou
miniporções?
Manoela conta que uma tendência é substituir os jantares à francesa pela forma americana e, principalmente, pelas miniporções. Enquanto o primeiro exige um local maior, com mesa posta e garçons servindo, as outras duas formas primam pela praticidade.
“O que predomina hoje são as miniporções. As pessoas comem em qualquer lugar, sentadas ou em pé. Tem os miniescondidinhos, penne aos quatro queijos, entre muitos outros. Tem até arroz à piamontese. O que importa é que o sabor seja o mesmo do que é apresentado nos jantares, só que em quantidades menores. É muito prático”, esclarece Manoela, afirmando que, apesar de geralmente as noivas e suas respectivas mães ainda serem as mais preocupadas com o bufê, muitos noivos têm participado da escolha. “Antigamente os pais das noivas pagavam a festa. Mas isso mudou. Agora há um envolvimento financeiro de ambas as partes. Noivos e noivas dividem os custos ou cada um paga determinado serviço, geralmente os que se identificam mais. Quando a noiva, por exemplo, faz questão de um item, é ela quem paga e vice-versa. Mas o que importa é que, no final, o evento se torne inesquecível para todos”, sentencia Manoela.
E que os bem-casados reinem para sempre...
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