O choro na banda de Lumiar

quarta-feira, 25 de abril de 2012
por Jornal A Voz da Serra
O choro na banda de Lumiar
O choro na banda de Lumiar

Maurício Siaines (*)

Lumiar ofereceu aos turistas e moradores locais espetáculo de rara qualidade com a oitava roda de choro produzida pela Sociedade Musical Euterpe Lumiarense (Smel), desta vez comemorando antecipadamente o Dia Nacional do Choro e aniversário de Pixinguinha (1897-1973), celebrado no dia 23 de abril. Registrado como Alfredo da Rocha Vianna Júnior, Pixinguinha cresceu no bairro do Catumbi, no Rio de Janeiro, em ambiente de grande efervescência musical e tornou-se uma das figuras mais importantes da música popular brasileira.

Na abertura das atividades, o presidente da entidade, Manoel Antônio Spitz Sodré, ressaltou a importância da “parceria entre a Euterpe Lumiarense e o Instituto Jacob do Bandolim que vem se solidificando”. Referiu-se também aos investimentos na área de turismo, lembrando a importância que a cultura pode ter para a atração de visitantes à região, afirmando que “a cultura atrai turismo”.

Antes de começar a roda propriamente, membros da banda da Smel tocaram o choro “Os Bohêmios”, de Anacleto de Medeiros (1866-1907), com arranjo original para banda, cuja partitura foi um presente do Instituto Jacob do Bandolim, e “Dengoso”, de João Pernambuco (1883-1947). A história do choro tem relação muito próxima com as bandas de música, especialmente com a Banda do Corpo de Bombeiros, criada por Anacleto de Medeiros em 1896, uma espécie de escola para os músicos populares do Rio de Janeiro.

O encontro de chorões foi coordenado por Beto Fonseca e Sérgio Prata, vice-presidente do Instituto Jacob do Bandolim, que, na ocasião, doou à Euterpe Lumiarense o recém-lançado Caderno de Composições de Jacob do Bandolim, em dois volumes, com a obra completa do mestre das cordas, que passarão a compor o acervo da Smel. A roda começou com os músicos Fernando Abi-Ramia, Tiago Prata, e Ronaldo Zanon, violão de sete cordas, Saulo Dansa, trombone de pisto, Thiago Spitz, clarineta e flauta, Beto Fonseca e Sérgio Prata, cavaquinho, e Orlando Côrtes, pandeiro. Em seguida apresentaram-se os músicos Paulinho Bandolim, bandolim, Léo Fernandes e Felipe Reis, violão de sete cordas, do conjunto Café Brasil, de Niterói. Ao final, os dois grupos se juntaram em uma grande roda que terminou o encontro tocando “Carinhoso”, de Pixinguinha, levando todos os presentes a cantar.

Presença a registrar foi a do secretário de Cultura de Nova Friburgo, David Massena, acompanhado do subsecretário Beto Grilo e do assessor jurídico da Secretaria Marco Kramer. O vereador Marcos Medeiros também esteve no evento promovido pela Euterpe Lumiarense.

(*) Mitzi Meire participou da apuração de informações

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