Muita gente tomava banho no Bengalas
Originalmente chamado de São João das Bengalas, o rio corta toda a cidade e, por isso, pode ser considerado o principal cartão-postal de Friburgo. Apesar das muitas mudanças decorridas da ação humana, principalmente no centro da cidade, seu leito revela, além da história, uma infinidade de personagens em seus cerca de 15 quilômetros de extensão. Há beleza e mazelas ao longo de seu curso.
Formado pela confluência dos rios Santo Antônio e Cônego, o Bengalas possui trechos planos e outros com pequenas quedas d’água, além de larguras e profundidades variáveis. Ele começa no centro da cidade, na Rodovia Presidente João Goulart, na altura da Igreja Luterana, de onde partiu a equipe da VOZ DA SERRA.
Pronto para ser emoldurado
Apesar da poluição, das águas turvas e da ausência de ziguezagues tão característicos dos cursos de água, o Rio Bengalas é um dos principais componentes da paisagem urbana de Friburgo. Na área central do município, nas Avenidas Galdino do Valle Filho e Comte Bittencourt, que integram o eixo de perímetro urbano da RJ-116, ele foi todo canalizado e é margeado por exuberantes e centenárias árvores de variadas espécies. O espaço é utilizado por friburguenses para a prática de caminhadas, corridas e passeios de bicicleta. Um dos motivos: a beleza.
“Sempre venho correr aqui e passear com meu cachorro. O rio tem problemas, claro, mas já foi muito pior. Há alguns anos o cheiro era insuportável e a gente via muita sujeira no seu leito. Agora, há dias em que eu vejo garças, além de muitos pássaros, sanhaçus, quero-queros e bem-te-vis”, revela o engenheiro Tadeu de Souza Mello, de 42 anos.
Para a estudante Luiza Monnerat, de 24 anos, o Bengalas é uma pintura pronta para ser emoldurada. “Nossa cidade é linda demais. Muitas vezes, por conta da correria do dia a dia, não observamos com atenção a quantidade de paisagens e elementos belíssimos que nos rodeiam. O Rio Bengalas é um desses. O reflexo do corredor de árvores na água, as pontes, o céu são como uma tela. Uma grande obra de arte que merece mais atenção da população e dos governantes”, pontua.
Se beleza deleita, poluição preocupa
Se a beleza do Bengalas e a falta de odor no leito (o que já foi objeto de reclamações há algum tempo atrás) estão entre os pontos positivos, o assoreamento, isto é, o acúmulo de detritos no fundo do rio, é um dos maiores problemas. O assunto, abordado em diversas matérias publicadas pela VOZ DA SERRA, é alvo de críticas de diversos friburguenses.
Para o comerciante Wilian de Cezar Costa, de 56 anos, que há mais de 30 anos tem uma loja no Centro da cidade, ao lado do ponto onde o Bengalas tem origem, o problema é causado por poluidores sem consciência. “Eu não peguei o rio limpo, mas meu pai conta que tomava banho nele, o que hoje é muito difícil de acreditar. Tem muitos pneus e lixo ao longo de todo o leito, e a maior parte disso é culpa das pessoas que jogam nele papéis de doce, biscoitos e latas de refrigerante, por exemplo”.
Com ironia, a dona de casa Maria Moreira, de 57 anos, ironiza: “Tem tantos pneus dentro do rio que dá para montar uma borracharia”, diz, destacando que “é por isso que o rio transborda em épocas de chuva forte. As pessoas jogam lixo onde não devem e ninguém faz nada para reverter a situação”.
Segue o fluxo...
Em busca da foz do Bengalas, nossa equipe de reportagem seguiu rio abaixo e, ainda na região central da cidade, testemunhamos a paisagem mudar. Às margens das avenidas Presidente Costa e Silva e Engenheiro Hans Geiser, a falta de canalização, grades de proteção, calçadas e ciclovias chama atenção. No trecho, o leito é rodeado por algumas árvores e há algum tempo não recebe capina.
Chegando em Duas Pedras, onde a obra de canalização está inacabada, começam a surgir as calçadas, grades de proteção e o gramado, que se estende por praticamente toda a extensão da Avenida Governador Roberto Silveira, que liga o Centro ao movimentado distrito de Conselheiro Paulino. Quem passa por lá, por sinal, não esconde o estranhamento, já que mais de 250 árvores foram cortadas das margens do rio em virtude das obras.
“O rio passou por muitas mudanças ao longo dos anos. Lembro dele flanqueado por árvores enormes, lembro de como era bom caminhar na sombra. Foi uma pena ser necessário retirá-las. Mas não podemos reclamar, a obra é algo muito importante para nós. Sou comerciante há mais de 28 anos e minha loja fica próxima ao rio. Já enfrentei três grandes enchentes e, na última, assim como tantos friburguenses, perdi tudo. Espero que agora o problema tenha sido resolvido”, conta Antônia Furtado, de 68 anos.
Ainda de acordo com ela, o rio já esteve em condições piores. “Não faz muito tempo a gente via sofá, televisão velha, sacos de lixo e tudo o mais que se possa imaginar dentro do rio. Acho que está melhorando”, disse.
Feito serpente solta pelo chão
De Conselheiro Paulino em diante, o rio retoma a sua forma: volta a apresentar meandros e segue um pouco mais pedregoso, corpulento e agitado. A última passagem do Bengalas em solo friburguense é o bairro de Furnas, onde mora o aposentado Jayme Henrique dos Santos, de 78 anos, que relembra, saudoso, a época de infância.
“Me lembro perfeitamente do Bengalas com águas transparentes. A gente tomava banho nele e pescava também. Acho que, de toda a região, ele era o rio com mais peixes. Tinha cascudo, dourado, lambari, entre outras espécies”, conta. “Fico triste de ver o estado em que o rio ficou. Afinal, ele é uma de nossas maiores riquezas”.
Em direção à vizinha Bom Jardim, o rio segue como uma serpente solta pelo chão. Passa por pontes de cimento, madeira e pinguelas, cortando diversas propriedades. Em uma delas, uma cena chamou atenção: uma vaca, fora do rebanho, pastava às margens do rio e, em meio a garrafas pets, sacos plásticos e restos de madeira arrastados pela correnteza, matava a sede com a água de coloração marrom. Triste realidade.
A foz
A última parada dessa jornada é o pacato e simpático Banquete, distrito de Bom Jardim, onde o Bengalas deságua no Rio Grande, um dos principais afluentes da margem direita do Paraíba do Sul. É também em Banquete que mora Luiz Henrique de Mesquita, o Seu Nick, de 82 anos. Dono de uma barbearia às margens do rio, na Rua Pedro Folly, o bonjardinense é um dos tantos que viram a paisagem do rio mudar.
“Ele era mais fundo e mais largo. Muita gente tomava banho e o que não faltava era peixe. Com o passar dos anos, ele foi ficando assim, minguado e com a água cada vez mais escura. É uma tristeza sem fim ver que mudou tanto, mas tenho esperança de que meus bisnetos, tataranetos vejam o Bengalas recuperado”.
Esgoto ainda tem, mas qualidade da água melhorou
A VOZ DA SERRA procurou diversos órgãos locais a fim de esclarecer o ponto exato onde termina o Rio Bengalas, assim como outras informações sobre a profundidade, a qualidade da água, os pontos mais críticos em relação a risco de inundação, assoreamento, além de projetos para a sua recuperação.
Em nota, o Comitê da Bacia Hidrográfica Rio Dois Rios afirmou que há lançamento de esgoto no Bengalas, mas não detalhou em quais pontos isso ocorre e qual a porcentagem de resíduos ejetado por residências, empresas ou pelo comércio. Sobre a profundidade do rio, o órgão explicou que é variada, mas não especificou quais são as áreas mais rasas e quais as mais profundas. Questionado sobre a qualidade da água, o comitê foi sucinto ao dizer que melhorou consideravelmente nos últimos dez anos.
Já a concessionária Águas de Nova Friburgo esclareceu que existem quatro Estações de Tratamento de Esgoto no município, situadas em Olaria, Campo do Coelho, Centro e Conselheiro Paulino. Segundo a empresa, juntas as estações tratam mais de 90% do esgoto coletado, índice acima da média nacional, que é de 40%, segundo o Instituto Trata Brasil.
O jornal procurou também a Secretaria municipal de Meio Ambiente com o intuito de esclarecer como é feita a limpeza do rio e qual a periodicidade; quais os trechos mais críticos em relação a qualidade da água, risco de inundação e assoreamento; e se existem projetos para a recuperação da água do rio. No entanto, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.
São João das Bengalas
(Por Janaína Botelho)
Os rios foram muito importantes em nossa história. As civilizações nascem ao redor dos rios. Precisava-se da água para movimentar os moinhos de cana de açúcar, mover a moenda para moer o milho e de sua queda para os monjolos pilarem o café e o arroz. A água era fundamental para lavar o aipim nas fábricas de farinha de mandioca e o café nos tanques das fazendas. O rio era energia! O sistema de irrigação da lavoura utilizando os recursos hídricos dos rios ainda não existia. Dependia-se das chuvas e dos caprichos da natureza.
A economia de Nova Friburgo desenvolveu-se às margens dos Rios Grande e Macaé, fazendo o município parte de duas bacias hidrográficas: a do Rio Dois Rios e a de Macaé de Cima. O Rio São João das Bengalas é formado pela confluência dos rios Cônego e Santo Antônio. Mal percebemos a sua junção, na altura da Igreja Luterana, tão esquecido em meio a tantos edifícios. O Bengalas lança-se no Rio Grande, que, por sua vez, se une ao Rio Negro, na altura do município de São Sebastião do Alto, formando o que se denomina de Rio Dois Rios. E, assim, o Rio Dois Rios vai desaguar no Paraíba do Sul.
Para quem deseja conhecer um pouco mais sobre o caminho das águas, o Rio Paraíba do Sul deságua no mar em Atafona, município de Campos de Goytacazes. Foi no Vale do Rio Grande, que compreende atualmente o distrito de Conselheiro Paulino, que, além da lavoura, iniciou-se o plantio das flores de corte. Este lindo e florido vale, ao longo de décadas, irá perdendo suas belíssimas plantações e paisagem bucólica para dar lugar a uma miríade de residências e comércios. Hoje o outrora vale agrícola é o segundo distrito mais populoso de Nova Friburgo.
O Rio São João das Bengalas não tinha esse alinhamento que possui hoje e pequenos riachos se estendiam pelo centro da cidade. Em princípios do século 20, foi realizada sua retificação o que agravou ainda mais o problema dos transbordamentos sazonais. As fontes iconográficas de princípios do século 20 demonstram que as enchentes faziam parte do cotidiano da cidade. O curioso é que era navegável em alguns trechos.
Havia, no século 19, um porto na altura de Duas Pedras, o Porto do Dutra, que conduzia passageiros. Alguém consegue imaginar barcos velejando nessa avenida? Em 1918, na comemoração do centenário do acordo entre o Rei Dom João VI e a Confederação Helvética, houve uma festa veneziana no Rio Bengalas. Ali navegaram 12 pequenos barcos para quatro passageiros. Para se tornar navegável, as águas foram represadas, deixando o Bengalas com um enorme volume d´água no fim da Avenida Galdino do Vale, na altura do Colégio Modelo.
Na Era industrial, compreendida aproximadamente entre 1911 e 2000, um complexo de indústrias têxteis de passamanaria e metalúrgicas se instalaram às margens do Rio São João das Bengalas. Os industriais viam esse rio como uma vala e despejavam a olhos vistos da população dejetos químicos. Quem não se recorda do velho Bengalas mudando de cor a todo o momento?
Atualmente temos diversos problemas relacionados com o recurso hídrico: conflitos pelo uso da água entre pescadores e pecuaristas, indústrias versus agricultura e saneamento versus setor produtivo. Igualmente a ocupação e uso irregular de áreas importantes para a conservação dos recursos hídricos. O despejo de efluentes de esgoto doméstico, industrial e agrícola nos rios os tornam cada mais distante de um passado glorioso. Outrora, fomos a civilização dos rios. Na elaboração do hino da cidade, o Bengalas foi lembrado: “Escutando os rumores da brisa, refletindo esse céu todo azul, o Bengalas sereno desliza, sob o olhar do Cruzeiro do Sul.”
Pelo mundo, cidades vêm salvando seus rios
(Por Adriana Oliveira)
As cidades nascem abraçadas a seus rios, mas frequentemente lhes viram as costas depois que crescem e se desenvolvem. Embora o Brasil tenha a maior rede hidrográfica e a maior reserva de água doce do planeta, mantém com seus rios uma relação ambígua, pois vive da água retirada deles e, ao mesmo tempo, os mata, afogando-os de esgoto.
Pelo mundo afora, vêm exemplos de cidades que conseguiram salvar seus rios, às custas, é claro, de muito tempo, trabalho e dinheiro. Os franceses conseguiram, depois de muitas décadas de esforços, transformar as margens do Sena, que corta Paris, em charmosos boulevards. O investimento na construção de estações de tratamento esgoto começou nos anos 60. Hoje existem, dizem, 30 espécies de peixes no rio. O governo criou leis que multam fábricas e empresas que despejarem rejeitos nas águas. No verão, a prefeitura monta a infraestrutura completa de uma praia, com areia e tudo, na margem direita do Sena (foto acima, da Getty/GQ).
Outro exemplo vem de Londres. Fora as estações de tratamento construídas, dois barcos percorrem o Tâmisa diariamente, retirando 30 toneladas de lixo a cada 24 horas.
Em Lisboa, o Tejo também foi despoluído com a criação de uma reserva natural, em 2000. O plano envolveu a construção de rede de saneamento.
Em Brisbane, na Austrália, o Projeto Rio e Baía Saudáveis visa a limpar, até 2026, as águas do rio Brisbane e da Moreton Bay para a prática de esportes e o uso como via de transporte.
Em Fribourg, na Suíça, o Rio Saane (ou Sarine) tem trechos muito procurados para a prática de rafting e canoagem e pontes, de madeira e de pedra, que são verdadeiras obras de arte arquitetônicas.
Os bastidores de uma aventura rio abaixo
(Por Dayane Emrich)
Nossa jornada pelas margens do Rio Bengalas teve início no dia 31 de agosto, quando a pauta chegou em nossas mãos (minhas; do fotógrafo Henrique e do produtor de vídeo Leo Arturius). Equipados com microfones, lapelas, máquinas fotográficas, gravadores, caderno e caneta, não perdemos tempo: pegamos o carro por volta das 10h e partimos rumo à foz.
Indo contra o curso da água, nossa animada aventura começou de trás para frente, em Banquete. Lá, além de fazer imagens deslumbrantes, conversamos com diversos moradores. Um deles é o “Seu Nick” (foto acima), o dono da barbearia citado na reportagem. Ficamos encantados com a simpatia dele e com uma cadeira retrô do lugar. Uma peça dos anos 50, talvez.
Passamos por uma estrada de chão, paralela às margens do rio. Depois de comermos poeira, pegamos a RJ-116 e viemos parando a cada ponto que chamava a nossa atenção. Entramos em uma propriedade particular e um senhor, de aparentes 70 e poucos anos, que se identificou como caseiro do local, veio conversar com a gente. Tímido, ele não quis conceder entrevista, mas ficou curioso sobre nosso trabalho. Perguntou a respeito dos equipamentos, o assunto da reportagem, e sorriu, intrigado com a nossa movimentação.
Já em Furnas, onde funcionava a cascata artificial Véu das Noivas, adentramos o mato. Passamos por baixo de alguns troncos de árvores caídos e chegamos bem na margem do Bengalas. Vimos um deque caído e, como bons friburguenses (com exceção de Leo, que mora há pouco tempo na cidade), lembramos saudosos da bela imagem formada pela pedra, as árvores e a cachoeira. Era um dos locais ideais para um passeio familiar de domingo...
Seguimos por Conselheiro Paulino, Prado, Duas Pedras. Mais de 1h30 para percorrer o caminho. Conversamos com algumas pessoas e partimos rumo ao Centro da cidade.
Na última segunda-feira, 4, fomos apurar a última parte do rio que faltava. Era pouco mais das 10h quando tivemos uma das mais gratas surpresas da nossa aventura: um Martim-pescador-verde (foto acima) repousava tranquilo em um fio sobre o Bengalas.
Ao voltar para a redação, fiquei pensando em como cada pauta muda o jornalista. Além de aprender um pouco mais sobre o principal rio da minha cidade, já que, pasmem, eu não fazia ideia de onde ele terminava, ou quantos quilômetros tinha de extensão, pude conhecer pessoas e pontos de vista diferentes do meu sobre um mesmo assunto. Saí da reportagem carregando um pouco das memórias dos personagens, lembrando do sorriso da dona Antônia, dos cabelos grisalhos do seu Jayme e da esperança do “Seu Nick” de que os tataranetos vejam o Bengalas recuperado. Esperança que, antes mesmo de conhecê-lo, já compartilhava.
Outros rios friburguenses
(Por Antonio Fernando)
O município de Nova Friburgo é banhado pelas bacias do Rio Grande, Rio Bengalas, dos Ribeirões de São José e do Capitão e do Rio Macaé. Os principais rios que cortam o centro da cidade são o Rio Santo Antônio, Rio Cônego e o Rio Bengalas, que se forma após o encontro destes rios.
Seu Nick
- Rio Cônego: nasce da junção do Córrego Caledônia, Córrego Bambuaçú e do Rio Cascatinha, no mesmo bairro. Percorre os bairros da Cascatinha, Cônego, Olaria, Bela Vista, em sua parte baixa, e centro, formando com o rio Santo Antônio o Rio Bengalas.
- Rio Santo Antônio (foto acima, de Regina Lo Bianco): Nasce no bairro do Debossan, corta os bairros de Mury, Ponte da Saudade, Bairro Ypu e Centro, e juntamente com o Rio Cônego formam o Rio Bengalas.
- Rio Macaé: Nasce na localidade de Macaé de Cima, distrito de Mury, e segue rumo leste do município, em direção a Lumiar. Em Lumiar, recebe as águas de diversos rios, como o Bonito e o São Pedro. Tem diversos trechos cheios de cachoeiras, o que propicia a prática de esportes radicais como rafting, boia cross e canoagem, que fazem de Lumiar um dos mais importantes redutos de esportes radicais do estado, acontecendo aqui competições como os Circuitos Estadual e Nacional de Canoagem, muito concorridos.
- Rio Grande: Nasce na Serra do Morro Queimado, no bairro de São Lourenço, localizado no distrito de Campo do Coelho, zona rural da cidade. Rio que banha as áreas rurais da cidade cortando bairros como Conquista, Campo do Coelho, Rio Grande de Cima e o distrito de Riograndina. É um dos mais importantes afluentes do Paraíba do Sul, rio que nasce em São Paulo cortando os estados de Minas e Rio. Sofre com a erosão causada pelas enxurradas e por causa das construções irregulares às suas margens. A poluição também prejudica a saúde do rio, já que um dos mais importantes mananciais de abastecimento de Nova Friburgo e de quase toda região serrana norte depende dele. Ao longo de seu curso até o Paraíba recebe dejetos industriais e residenciais de vários municípios, tais como Bom Jardim, Cordeiro, Macuco, Trajano de Moraes e São Sebastião do Alto. Recebe águas de vários rios importantes como o Rio Negro, que nasce em Duas Barras e forma, junto com o Grande, o Rio Dois Rios, na divisa entre Itaocara e São Fidélis, no Norte do estado.
- Ribeirões: os de São José e do Capitão nascem no Morro do Curuzu, em Varginha, cortando grande área rural da localidade e do distrito do Amparo. O Capitão deságua no São José, que, por sua vez, deságua no Rio Grande, já na cidade de Bom Jardim.
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