Recentemente tive a sorte de ler o texto do Alzimar Andrade — Um dia perfeito (na edição de A VOZ DA SERRA de 19 a 21 de março). Durante a leitura pude lembrar da mais recente aventura que tive. Num desses sábados, em minhas andanças pela cidade, encontrei um grupo de pessoas retornando ao local atingido pelo evento natural de janeiro último. Constatei que eram amigos, e de áreas profissionais diversas, que encontraram uma forma de contribuir. Fiquei muito feliz e me aproximei do local onde estavam, observando suas ações simples, mas eficientes. O grupo era formado por seis jovens. Todos alegres por estarem ali fazendo sua parte, numa ação pura e simplesmente humana.
Quando terminaram, pude conversar com eles e fiquei sabendo que o grupo é formado por um médico, dois dentistas, um engenheiro civil recentemente formado e dois administradores de empresas. A ideia para formação e atuação do grupo partiu de um dos administradores, que pesquisou as necessidades de alguns locais atingidos e, dentro do possível, busca supri-las ou amenizá-las.
O médico, de maneira simples, conversava com as pessoas, a fim de colher informações sobre o estado físico de cada uma (logicamente, um número reduzido de pessoas, por ser até agora apenas um médico) e fazer a parte que lhe cabia. Os dentistas conseguiram com fornecedores material para que pudessem, ainda que de forma limitada, iniciar ou amenizar possíveis problemas até que o poder público tenha condições plenas de retomar suas funções. O engenheiro avaliou algumas casas que resistiram ao impacto ambiental e orientou as pessoas como deveriam agir junto aos órgãos responsáveis.
Os administradores verificavam alguns documentos, tanto de pessoas físicas como de pessoas jurídicas, com o intuito de facilitar o acesso às informações e auxílio para retomar suas vidas profissionais. Eu, particularmente, vejo esta postura como muito interessante e mesmo inspiradora para as entidades de classe.
Aquele dia, para mim, foi perfeito, e pude perceber como somos capazes de agir e semear boas ideias. Percebo que a parceria entre poder público e sociedade civil pode ter várias faces. Honestamente, fico com o grupo de amigos e proponho que outros sejam formados. Há muito o que fazer e são muitos para fazer. Tudo começa em nós. Simplesmente olhe a sua volta. Tudo é necessário e tudo e todos se encaixam. O tamanho, para a natureza, não é diferença. Tudo é expressão igual de vida!
Por tudo isso, uma coisa fica, no meu entender, muito clara: quando deixamos de nos comparar, toda a inferioridade e superioridade desaparecem.
Cada um de nós é o que é, e simplesmente existe. Se um pequeno arbusto ou uma grande árvore, não importa: você é você mesmo. Capaz de fazer qualquer coisa na qual acredite.
Fique em paz!
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