O Andarilho - O amor sem vergonha - 3 a 5 de dezembro 2011

Por Leonardo Penna
sexta-feira, 02 de dezembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Certa vez escrevi acerca do amor como a grande força movedora da humanidade. Continuo acreditando piamente nisso e mais, sou um incansável admirador e praticante deste sentimento sublime que o Divino repartiu conosco.

A partir dessa constatação, ouso afirmar que o amor não se define e nem se traduz, em verdade ele se sente. O amor se demonstra sempre e apesar de tudo. Ele merece ser praticado cotidianamente. O Amor pode ser equiparado ao ato de dançar. Ato esse que quando praticado em par torna-se muito mais agradável.

Poetas já afirmaram que não se deve amar como se estivesse a contemplar nem uma obra de arte do mais iluminado dos escultores como, também, não se deve amar como se estivesse diante de uma televisão desligada.

Desnecessário nos debruçarmos sobre divagações acerca do Amor, entretanto importante é refletirmos sobre ele no todo e com a mais pura sinceridade. O Amor não deve ser medido e desta maneira o amor de pai e mãe para com os filhos é idêntico.

O ato de amar deve ser praticado secretamente. O amor deve estar muito claro para quem ama depois para o amado ou amada. Não há como escrever uma cartilha com o ritual que devemos seguir para aprender a amar. Não há um lugar certo para amar e tampouco o tempo correto para tanto.

Certo é que quando se ama ficamos tão perto da pessoa amada que nos confundimos com ela, mesmo mantendo nossa individualidade. Outra constatação é que, antes de encontrarmos o amor, vagávamos pelo mundo. As cores estavam onde sempre estiveram e nós nem a percebíamos. O ato de acordar e viver mais um dia era apenas a sensação de acordar e viver mais um dia. Entretanto, após a descoberta do amor, o acordar é quente como o sol, a existência é colorida como o mais belo jardim e doce como o mel mais puro. Depois da descoberta do amor o tempo passa e faz a gente entender um monte de coisa. Daí a gente fala assim: “Nossa, se eu soubesse antes, tudo o que sei hoje!”.

Será que mudaria alguma coisa?!

A nossa vida é uma caixinha de surpresas, é verdade, mas tem cada coisa que acontece. A Terra é redonda e de fato, não tem surpresa nenhuma. Somos cercados de sinais por todos os lados e, geralmente, não somos ensinados a percebê-los, ou mesmo quando preparados não entendemos os seus significados. Por essa razão é que certas oportunidades passam e em outros momentos deixamos as coisas acontecerem para ver onde vai dar, mas isso é patético!

Conto de fada não existe e felizes para sempre, menos ainda. O que o amor nos mostra é que o que nós temos nós sempre tivemos, sempre esteve ali ou lá, perto ou longe, visível ou escondido, guardado ou largado no mundo. As histórias não têm a obrigação de se repetir, cada pessoa deve fazer a sua. Todavia, se isso acontecer, sem problema também!

Cada uma delas em seu enredo: começo, meio e fim... Será!? A vantagem de o tempo passar é a gente correr atrás do que a gente quer sem ficar mais no “e se”, “o que vão pensar”. O amor nos possibilita viajar e divagar. Certa vez eu ouvi de uma pessoa muito querida o seguinte: “O amor da minha vida é o meu homem, mas o meu homem tá longe de ser o homem da minha vida. O homem da minha vida é mais do que o amor da minha vida. O homem da minha vida é quem me encanta quem me faz sorrir sozinha, quem me fala o que eu preciso ouvir—e não estou falando só de coisas boas não!!! As ruins também, tipo, o puxão de orelha. É quem faz eu me sentir mais bonita, quem faz eu me sentir leve. É quem me faz companhia, apesar de não estar sempre por perto. É com quem eu converso no silêncio, olho nos olhos, faço charme, fico vermelha com seus comentários mesmo depois de tantos anos. Com ele posso ser eu mesma sem sentir vergonha disso. Sem sentir vergonha de me achar boba, infantil, imatura. O homem da minha vida é a pessoa para quem eu me entrego toda, desavergonhadamente. O meu homem sabe das minhas certezas e incertezas. Sabe dos meus conflitos, sabe da minha vida, sem me julgar. Sempre esteve ali, pertinho e tenho pra mim que sempre vai estar. E o mais engraçado disso tudo é quando descobrimos que encontramos a pessoa da nossa vida JUSTO na vida do outro, isso é muito doido!”.

Sabe, esse depoimento é de uma pessoa que vive separada do amor da sua vida desde quando o conheceu. Ela concluiu isso, simplesmente, permitindo vivenciar o amor durante toda sua existência.

O amor é demais, fala a verdade!

Fiquem em Paz!

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