Nutrição - Você conhece a chia? - 12 a 14 de novembro 2011

Por Elisa Barbosa Loureiro
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Novidade no Brasil, a chia (sálvia hispânica) é uma semente utilizada por nativos das Américas há séculos atrás. Originária da Região Andina, suas sementes são pequeninas, brancas, acinzentadas ou pretas e podem ser encontradas em países como México, Guatemala, Bolívia, Peru, Colômbia e Argentina.

As sementes de chia são uma excelente fonte de fibra (superior à do farelo de trigo), antioxidantes, é uma enorme fonte de proteína, e é considerada um dos poucos alimentos vegetais conhecidos a conter uma grande quantidade de ácidos graxos Ômega 3, substância anti-inflamatória, que ajuda a reduzir os níveis de colesterol e protege contra alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares. Esta quantidade de Ômega 3 é superior em relação ao salmão e às sementes de linhaça.

A chia tem ainda cálcio, magnésio e ferro. Tem 15 vezes mais magnésio do que o brócolis, seis vezes mais cálcio do que o leite integral, cerca de nove vezes a quantidade de Ômega 3 do salmão verdadeiro, quase três vezes mais ferro do que o espinafre, além de ter mais fibras do que a linhaça e mais proteína do que o soja.

Por ser rica em fibras, a chia provoca uma sensação de saciedade que pode fazer você comer menos. Consuma as sementes antes das refeições, misture a chia a outros alimentos e coloque a semente em uma garrafa com água e beba durante o dia. Para quem quer perder peso com exercícios, é mais interessante consumir a chia antes do treino. No entanto, para as corredoras, as fibras podem causar desconforto gástrico e prejudicar o desempenho, se consumido em excesso, porque a corrida estimula o funcionamento do intestino.

Por possuir baixo índice glicêmico, a chia ajuda a evitar picos de açúcar no sangue, que podem causar hipoglicemia ou hiperglicimia. Para completar as vantagens, um estudo realizado por pesquisadores argentinos em 2007 relacionou seu consumo ao controle da proliferação de tumores e metástases de câncer de mama em ratos.

A praticidade no consumo também é algo que chama a atenção: basta misturar as sementes inteiras ou moídas a preparações como saladas, sucos, iogurtes, sopas e até pratos à base de massas. Pode ser encontrada no mercado nas formas de grão, farinha ou óleo. Ao contrário da linhaça, não necessita ser triturada ou cozida. É isenta de glúten, podendo ser consumida por portadores de doença celíaca.

Quanto ao consumo recomendado, duas colheres de sopa por dia (40g) são suficientes para fornecer todos estes benefícios à saúde.

Até a próxima semana!

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