O REGISTRO de acidentes e colisões de veículos em Nova Friburgo no último fim de semana é uma pequena parcela do que ocorre pelo país com o aumento do número de veículos nas ruas e a persistente imprudência de motoristas e também dos pedestres. Vivemos a era do automóvel e é preciso cuidar do problema antes que a crise insolúvel se instaure.
ATÉ O ANO de 2022, com a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), está sendo realizada a promoção “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O trabalho a nível mundial envolve 150 países e pretende reduzir o número vertiginoso de acidentes de trânsito no planeta.
O BRASIL é exemplo desse crescimento preocupante. Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de mortos em acidentes de trânsito subiu mais de 30% de acordo com o Mapa da Violência. Os números são apenas a constatação estatística de uma tragédia que comprovamos diariamente. Para o governo o país enfrenta “verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito”.
ANUALMENTE o sistema público de saúde registra milhares de feridos nestes acidentes, causando uma significativa perda do orçamento e aumentando consideravelmente o número de hospitalizações. O sistema é sem dúvida um dos mais afetados pelas consequências desse quadro de tragédia, mas a vítima do trânsito enfrenta problemas maiores que interferem diretamente em toda a estrutura familiar.
SOMOS o quarto país colocado no ranking de mortes no trânsito. As causas quase sempre estão ligadas a fatores humanos, como a alta velocidade e o consumo de bebida alcoólica, o que é inaceitável e revela o quanto será preciso evoluir em respeito ao próximo. O problema também é verificado em Nova Friburgo e só pode ser minimizado com uma ampla campanha de conscientização, com uma ação fiscalizatória das autoridades e com mais investimentos em mobilidade urbana. A crise está batendo à nossa porta.
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