A 1ª Vara do Trabalho de Nova Friburgo agora tem titular: a juíza Cláudia de Abreu Lima Pisco, que assumiu o cargo na última segunda-feira, 19, após solenidade de posse no dia 16. A nova titular vem imprimindo um novo ritmo de trabalho à Vara e já realizou diversas audiências com os advogados trabalhistas da região.
Ainda em fase de adaptação à Nova Friburgo, Dra. Cláudia atuava anteriormente na 74ª Vara do Trabalho, no Rio de Janeiro. “Sempre trabalhei na capital e é a primeira vez que atuo no interior. Estou me adaptando à cidade, que é mais tranquila e oferece uma melhor qualidade de vida. O volume de processos aqui também é bem menor do que no Rio”, afirma a juíza.
A vinda da nova titular foi muito bem recebida pelos advogados de Nova Friburgo e região, conforme destaca o presidente da 9ª subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB): “Estamos muito esperançosos com a escolha da Dra. Cláudia para assumir a 1ª Vara do Trabalho, principalmente porque foi por critério de merecimento. Sua chegada promete agilizar o andamento dos processos”, destacou Carlos André Pedrazzi.
Segundo o presidente da OAB-Nova Friburgo, a titularidade da 1ª Vara atende a uma luta antiga da entidade. “A presença de um juiz titular traz mais comprometimento com as questões da nossa região. Estamos muito confiantes com a Dra. Cláudia”, disse Carlos André. Ele aproveitou para dar as boas vindas à nova titular: “Tenho certeza de que a senhora vai gostar da cidade”, disse logo após audiência realizada na manhã da última terça-feira, 19.
Vale lembrar que no início deste ano, com a extinção da Vara do Trabalho de Cordeiro, foi instalada a 2ª Vara do Trabalho de Nova Friburgo. A direção de ambas ficou a cargo do juiz titular da 1ª Vara, Derly Mauro Cavalcanti da Silva, conforme determinado pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região (TRT-RJ), desembargador Aloysio Santos. Com a chegada da juíza titular da 1ª Vara do Trabalho, Dr. Derly foi promovido a titular da 2ª Vara do Trabalho, na qual ele já atuava até então, como substituto, desde que deixou a Vara trabalhista de Cordeiro.
Na 2ª Vara do Trabalho, juiz aumenta agenda de audiências para evitar acúmulo em 2012
A 2ª Vara do Trabalho de Nova Friburgo, inaugurada há quase oito meses, já reúne aproximadamente 1,1 mil novas ações que tem obrigado o juiz Derly Mauro Cavalcanti da Silva, a acelerar a pauta de audiências. São 15 por dia e às quartas-feiras acontece uma maratona com até 30 audiências. Tudo para tentar dar maior agilidade à Justiça do Trabalho, tanto em Nova Friburgo, como também nos demais oito municípios circunvizinhos do Centro-Norte fluminense, subordinados agora à 2ª Vara trabalhista friburguense.
“Minha meta agora é não permitir que audiências referentes a processos em andamento este ano sejam feitas em 2012. Em dezembro tem que estar tudo zerado. Para a gente julgar um processo de 2011 no ano que vem seria aceitável, mas as partes, naturalmente, têm pressa e a Justiça tem que dar a resposta. Pelo menos, é o que eu e minha equipe (nove serventuários e dois estagiários) pretendemos. Por isso, trabalho aqui e em casa também”, diz o juiz residente em Teresópolis e que ganhará em breve da Câmara dos Vereadores a cidadania friburguense. Apaixonado pelo Direito trabalhista, no qual se dedica como juiz há pelo menos 14 anos, Derly lamenta o “costume” brasileiro de se resolver tudo nos tribunais.
Com a intenção de mudar a cultura e incutir novos hábitos de conduta tanto entre os empresários, como também entre os trabalhadores, o titular da 2ª Vara do Trabalho de Nova Friburgo tem deixado vez ou outra a rotina estressante da justiça trabalhista para dar palestras em empresas da região, na tentativa de estimular os acordos entre as partes antes de optar-se pelo auxílio do judiciário. “Há casos simples que a solução pode surgir de um acordo entre patrão e empregado. É preciso mudar o conceito de justiça. Não se pode fazer gestão só através de sentenças judiciais”, observa Derly, autor de dois livros sobre Direito do Trabalho e que iniciou a carreira há três décadas, como advogado por 17 anos e depois estreando na magistratura no Paraná.
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