Leonardo Lima
Visando a maior organização do futebol brasileiro, o presidente Lula sancionou no fim do mês de julho projeto de lei que altera o Estatuto do Torcedor. Palco da próxima Copa do Mundo, o país sofre há tempos com a ação de cambistas e a violência das torcidas organizadas. E as principais novidades intentam combater justamente esses problemas. A partir de agora, o mau comportamento dentro dos estádios terá uma pena mais rígida. O torcedor que cometer atos de vandalismo e violência num raio de até cinco quilômetros de onde a partida for realizada, promover confusão, ou invadir o campo, poderá ser multado, preso e até mesmo proibido de assistir aos jogos num período de três anos.
O novo estatuto também propõe o cadastramento dos membros das torcidas organizadas. Caso cometa alguma infração, será impedida de entrar no estádio. Já os cambistas estão sujeitos a até seis anos de detenção. O mesmo pode ocorrer com os juízes que manipularem o resultado de uma partida. Bandeiras, bebidas alcoólicas, fogos de artifício e mensagens com qualquer tipo de racismo ou discriminação também estão proibidos, incluindo os famosos ‘gritos de guerra’ das torcidas. A reportagem de A VOZ DA SERRA ouviu algumas pessoas ligadas ao esporte na cidade, que se posicionaram a favor da iniciativa.
“Penso que esse estatuto já deveria ter sido revisto há muito tempo. Porém, no Brasil, é preciso ter um motivo especial para que as coisas aconteçam e, graças a Deus, teremos a Copa de 2014 aqui. Este é um motivo mais do que especial. Essas mudanças são boas para o futebol nacional, para o jogo em si e também para os torcedores. Espero verdadeiras punições aos que praticarem qualquer ato de vandalismo que atrapalhe o maior espetáculo do brasileiro, que é o futebol.”
Alex Oliveira – radialista esportivo
“Tudo é viável para que as famílias possam voltar a frequentar os estádios. Se, no basquete e no vôlei, as pessoas vão aos estádios tranquilamente, por que o mesmo não ocorre no futebol? Em minha opinião, essas mudanças no estatuto são perfeitas, porém acho um tanto quanto complicado comprovar que o árbitro influenciou propositalmente no resultado de uma partida. É possível também que o auxiliar, o chamado ‘bandeirinha’, esteja agindo de má fé e a culpa acabe caindo sobre o árbitro.”
Sérgio Fonseca – árbitro de diversas modalidades
“Acho bom para o verdadeiro torcedor, que é aquele que vai aos estádios para torcer. Quem vai a um jogo para brigar não pode ser considerado torcedor. Antigamente era muito mais comum ver as famílias frequentando os estádios de futebol. Hoje em dia, com tanta violência, tantas brigas, elas acabaram se afastando. Acredito que medidas como essas são muito importantes.”
Eduardo – ex-jogador de futebol e técnico da equipe mirim do Friburguense Atlético Clube
“É preciso acabar com a violência, com a roubalheira que rola no futebol. Essas mudanças no estatuto são válidas, pois vão afastar muita gente que vai aos estádios só para tumultuar e acaba atrapalhando quem quer curtir o espetáculo. Também é importante coibir a prática dos cambistas, que prejudica principalmente os clubes.”
Ziquinha – atacante do Friburguense Atlético Clube
“Essa lei é uma prevenção que indica uma provável maior segurança e, consequentemente, um maior prazer ao se assistir a uma partida de futebol. No entanto, ela precisa funcionar. Esse estatuto não pode ficar a caminho das chamadas calendas gregas. Para mim, tudo que venha a promover o bem-estar do provável torcedor é válido.”
Júlio Cezar Seabra Cavalcante, Jaburu – ex-jogador de futebol
Prainha ganha a Copa Distrital
Terminou domingo, 8, no Campo do Bela Vista, 3º distrito, a Copa de Futebol Amador, categoria aspirante. Seis equipes participaram e o campeão foi o time da Prainha, ficando o Bela Vista com o vice-campeonato. O artilheiro foi Jhonny, do Prainha.
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