Novo banco de olhos agilizará transplante de córnea no Rio

segunda-feira, 18 de março de 2013
por Jornal A Voz da Serra

Depois de colocar o Estado do Rio de Janeiro no terceiro lugar no ranking da doação de órgãos do país, o Programa Estadual de Transplantes (PET) tem novo desafio para 2013: melhorar a posição do Rio no que diz respeito ao transplante de córneas. Algumas medidas já estão em andamento.
A primeira delas é a abertura do segundo banco de olhos do estado. O primeiro funciona desde 2010, em Volta Redonda. A nova unidade será uma parceria com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), que já conta com um banco de tecidos musculoesqueléticos.
A abertura do novo banco de olhos pretende aumentar ainda mais a oferta de córneas no estado, que já apresentou crescimento em 2013. Em janeiro e fevereiro deste ano foram realizados 52 transplantes de córnea no Rio, quase o dobro dos 27 procedimentos realizados no mesmo período de 2012. “Os dois primeiros anos do PET foram voltados para ‘arrumar a casa’ e melhorar os números da captação e transplantes de órgãos. Este ano, vamos concentrar mais esforços nos tecidos. E zerar a fila do transplante de córnea é o nosso principal objetivo”, disse o coordenador do PET, Rodrigo Sarlo.
DADOS DEVEM ESTAR ATUALIZADOS - Na outra ponta do processo, o esforço da equipe do Programa Estadual de Transplantes se concentra em organizar e enxugar a lista de pacientes à espera do transplante de córnea no estado, que hoje conta com cerca de 700 pacientes. Durante essa varredura, a equipe observou que muitos pacientes possuem alguma pendência para a realização da cirurgia.
“É importante que todos os pacientes inscritos, sejam eles do SUS ou da rede particular, estejam sempre com seu status atualizados no Sistema Nacional de Transplantes (SNT)”, explicou Sarlo.
FASES DA CAPTAÇÃO - Tecidos como córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas podem ser doados tanto em caso de morte encefálica quanto na morte por coração parado. Um profissional do banco de olhos vai até o falecido para providenciar a autorização por escrito de algum familiar. 
Em seguida, será providenciada a coleta de sangue para realização de exames e, após a obtenção dos resultados, finalmente ocorre a retirada das córneas. Armazenadas no banco de olhos, as córneas captadas podem durar até 14 dias.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL - Na semana passada, o presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), Marcus Safady, visitou a sede do PET. A instituição se prontificou a trabalhar em parceria para ajudar a zerar a fila do transplante de córnea.
“Temos que despertar nos jovens profissionais e residentes o interesse por este tipo de cirurgia”, disse Safady.

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