O primeiro anticoagulante de uma nova classe representa um marco na história da prevenção do derrame, após mais de 50 anos sem novidades. A nova molécula (dabigatrana) é a única que previne três de cada quatro derrames decorrentes da fibrilação atrial, arritmia cardíaca comum que afeta 1,5 milhão de brasileiros
As perspectivas na prevenção do AVC (acidente vascular cerebral) em pacientes com fibrilação atrial, o tipo de arritmia cardíaca mais comum na população mundial, é tema de destaque do 9º Congresso Fluminense de Cardiologia, que acontece até dia 22 de outubro em Búzios (RJ).
No mundo, três milhões de pessoas têm derrame anualmente em consequência da fibrilação atrial. Esse tipo de arritmia acomete 1,5 milhão de brasileiros e faz com que o coração bata em um ritmo irregular, fora do padrão habitual, além de aumentar em cinco vezes o risco de AVC.
“A fibrilação atrial provoca a formação de coágulos no coração e aumenta em cinco vezes o risco de AVC. Se a pessoa não faz uma prevenção adequada, os coágulos se deslocam até o cérebro desencadeando um AVC que pode ter sérias sequelas. Este tipo de AVC tende a ser mais grave e incapacitante”, alerta Dra. Olga Ferreira de Souza, arritmóloga, Chefe do Serviço de Arritmia Cardíaca da Rede D’Or do Rio de Janeiro. “É muito importante o diagnóstico precoce da fibrilação atrial. Os riscos de desenvolver a arritmia aumentam com a idade, na presença de cardiopatias, hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças da tireoide, uso de álcool e histórico familiar de fibrilação atrial”, complementa a especialista.
Marco na Prevenção do AVC
Uma novidade será amplamente discutida no Congresso Fluminense de Cardiologia. Pradaxa®(dabigatrana) mudará o cenário da prevenção do AVC. Trata-se do primeiro medicamento de uma nova geração de anticoagulantes orais que acaba de chegar ao mercado brasileiro.
Os estudos clínicos mostraram que Pradaxa® (dabigatrana) previne três de cada quatro derrames decorrentes da fibrilação atrial. Dabigatrana tem eficácia e segurança superior na prevenção do AVC quando comparada ao medicamento mais antigo, lançado há mais de 50 anos, e considerado como terapia padrão até o momento.
O novo anticoagulante chega para suprir as sérias limitações da terapia anterior, que impõe diversas restrições alimentares aos pacientes, além de ter interações com vários medicamentos. Outro desafio é a necessidade de ajuste constante da dose do medicamento, baseada em resultados de exames de sangue frequentes, no mínimo, mensais.
Por ter um efeito previsível e com dose fixa o Pradaxa® (dabigatrana) dispensa ajustes de dose, sendo um tratamento de mais fácil administração pelo médico e paciente. Além disso, Pradaxa® (dabigatrana) possui baixo potencial de interação com outros medicamentos e não interage com alimentos.
Agenda - Congresso Fluminense de Cardiologia
Data: 20 a 22 de outubro de 2011
Local: Hotel Atlântico Búzios
Endereço: Estrada da Usina, 294 – Armação dos Búzios - RJ
[u]Simpósio “Uma Nova Era na prevenção do AVC”[/u]
Data: 21 de outubro de 2011
Horário: 17h30
Local: Sala 01
[u]Participantes:[/u]• Dr. Alexandre Pieri
Neurologista vascular, responsável pelo ambulatório de Acidente Vascular Cerebral da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP e médico da Equipe de Neurologia do Hospital Israelita Albert Einstein.
• Dr. Evandro Tinoco Mesquita
Cardiologista, Professor Adjunto de Cardiologia da Universidade Federal Fluminense, Diretor Clínico do Hospital Procardíaco, Coordenador Científico da Clínica de Insuficiência Cardíaca do Hospital Procardíaco e Secretário da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
• Dra. Olga Ferreira de Souza
Arritmóloga, Chefe do Serviço de Arritmia Cardíaca da Rede D’Or do Rio de Janeiro.
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