A nova tarifa dos ônibus municipais está sendo negociada entre a Friburgo Auto Ônibus Ltda (Faol) e a Prefeitura de Nova Friburgo. A concessionária protocolou um pedido de reajuste e propôs aumento na passagem de R$ 3,70 para R$ 4,20. No entanto, o valor, que deve entrar em vigor em março, provavelmente ficará abaixo do proposto pela Faol, como aconteceu no ano passado.
“A empresa teve queda de 6% na demanda de passageiros pagantes no ano passado e teve aumento na quantidade de gratuidades oferecidas para idosos a partir dos 60 anos. Além disso, o reajuste anual também leva em conta diversos insumos que compõem a planilha tarifária, como combustível, pneus, peças e acessórios, IPVA, além do reajuste salarial dos rodoviários”, explicou o diretor de operações da Faol, Gilmar de Oliveira.
Em fevereiro do ano passado, a concessionária apresentou pedido de reajuste na passagem de R$ 3,30 para R$ 4,07, mas o governo anterior autorizou o valor de R$ 3,70, que entrou em vigor em março daquele ano. Em contrapartida ao aumento da tarifa, a prefeitura informou que exigiu da Faol melhoria na manutenção e conservação dos ônibus e a compra de 20 novos veículos com ar-condicionado e câmeras de segurança. A metade dos coletivos foi adquirida em maio.
Nesta segunda-feira, 20, o sistema de integração plena no transporte público pelo cartão Riocard entrou em vigor na cidade. No período de duas horas, os passageiros podem embarcar em até dois ônibus e seguir para qualquer itinerário entre os bairros de Nova Friburgo, pagando uma passagem. Até o fim da semana passada, a integração funcionava apenas em alguns itinerários.
O passageiro que sai do Santo André, no distrito de Conselheiro Paulino, com destino à Olaria, por exemplo, não precisa, necessariamente, fazer integração no centro da cidade. Ele pode parar em qualquer ponto onde para o ônibus para Olaria, embarcar e seguir para o bairro pagando uma só passagem. Aliás, o passageiro pode voltar para o Santo André sem pagar nova passagem se, no prazo de duas horas, embarcar no Olaria x Conselheiro, porque o coletivo passa pelo bairro dele.
O prefeito Renato Bravo anunciou a volta da integração plena - principal promessa de campanha - no dia 3 de fevereiro, mas só no último fim de semana o decreto que institui a integração plena foi publicado no Diário Oficial. Ele disse que a Faol teria até o dia 20 para se adaptar a nova norma governamental. Em janeiro, assim que tomou posse no cargo, o prefeito criou uma comissão especial para estudar a medida.
“Nós faremos com que a integração volte a ser plena, de ponta a ponta nesta cidade, atendendo a quem realmente necessita desse serviço. Esse foi um dos meus mais importantes compromissos de campanha e que agora tenho enorme satisfação em poder cumprir, pois só desta forma vou garantir integração sadia, justa e, acima de tudo, com qualidade de vida para toda a população”, declarou.
A integração mudou no governo anterior, que fez uma série de modificações no sistema de embarque e desembarque de passageiros no início do ano passado. A integração em dois ônibus com uma única passagem, que era feita na antiga rodoviária urbana (atual Estação Livre), passou a ser realizada em qualquer ponto, mas somente pelo cartão Riocard.
A antiga rodoviária foi reformada. Grades e catracas foram retiradas, mas a integração total, em qualquer itinerário, não entrou em vigor. Em fevereiro do ano passado, A VOZ DA SERRA mostrou, por exemplo, que passageiros que saem de Varginha conseguem embarcar em outro ônibus e seguir para Mury, pagando uma única passagem. Mas aqueles que saem da Granja Spinelli precisam pagar mais uma passagem para chegar ao Cordoeira, por exemplo.
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