Nova Friburgo, o coração do Estado do Rio

Localizada no ponto central do Rio de janeiro, cidade é um dos destinos mais procurados por cariocas em busca de sossego e melhor qualidade de vida
quinta-feira, 12 de maio de 2016
por Ana Blue
Nova Friburgo, o coração do Estado do Rio

Quando se diz que “Nova Friburgo é o coração do Estado do Rio de Janeiro”, seríamos pobres se somente entendêssemos isso como mera localização geográfica no ponto central do estado.

Coração é muito, muito mais.

Biologicamente, define-se que o coração é um órgão oco, de tecido muscular estriado cardíaco — seja lá o que isso significa — que tem como função bombear o sangue de maneira que circule por todo o sistema vascular sanguíneo, transportando oxigênio. Mas, excetuando-se talvez aqueles menos propensos às coisas de amor, coração tem outro significado: é o palco máximo dos sentimentos, onde, metaforicamente, as ondas de sensações nascem e fazem morada.

Com o tempo, nós passamos a ver o coração como um arquétipo de tudo o que representa o mais profundo do homem: seus anseios, suas crenças, suas necessidades. É onde mora a alma — o fogo interno que dá calor e vida, diria Aristóteles. Namorados desenham seus nomes eternizados dentro de corações tortinhos, mas cheios de ternura. Para os cristãos, é símbolo de bondade; para os poetas, às vezes estão inteiros, às vezes, despedaçados — mas sempre repletos de sentidos. Existe coração mole e coração de pedra, coração valente e sujeito de bom coração — o fato é que o coração é mais que um órgão que bombeia sangue. Aliás, a semiótica já foi para as cucuias: ninguém associa mais “coração” ao órgão tão somente, na sua imagem carnal, uma massa de 12cm de altura por 8cm de largura se contorcendo dentro do peito — com exceção, talvez, dos cardiologistas. Coração é âmago do ser; não à toa, é o nosso último órgão a morrer.

Se nos permitirmos um pouco mais de poesia na vida, veremos que as metáforas todas que se estendem ao coração, se estendem também a Nova Friburgo, sob um certo ponto de vista. Vejamos: a cidade sempre foi o destino dos cidadãos da capital quando precisavam se restabelecer de doenças e recuperar a saúde, bem como quando queriam priorizar o descanso, o lazer e o clima ameno, tanto na movimentação das ruas quanto na temperatura. Um pedaço de paraíso bucólico e cheio de vida, cheio de verde, entremeado por suas praças centenárias, paisagens naturais e monumentos históricos — alguns, no “centro do centro”, como os das fotos, todos localizados a menos de dez minutos do centro da cidade. Como veias pulsantes...

Cidade que conserva seus ares pacatos enquanto caminha em direção ao desenvolvimento e que, hoje, está a menos de duas horas do município do Rio — como sabemos, no passado esse tempo de viagem já foi bem maior, viva a revolução industrial. Cidade que cura quem chega, e abençoa quem parte. Tipo coração de mãe — será que o ditado clichê também cabe aqui? Cabe, claro que cabe. Sempre cabe mais um!

Mera localização geográfica, ponto central do estado? Não.

Coração mesmo. Com sentimento, alma, âmago, morada e tudo o mais que o campo da metáfora permitir aos corações.

  • Capela de Santo Antônio, Suspiro (Foto: Regina Lo Bianco)

    Capela de Santo Antônio, Suspiro (Foto: Regina Lo Bianco)

  • Praça Dermeval Barbosa Moreira (Foto: Regina Lo Bianco)

    Praça Dermeval Barbosa Moreira (Foto: Regina Lo Bianco)

  • Praça Getúlio Vargas (Foto: Regina Lo Bianco)

    Praça Getúlio Vargas (Foto: Regina Lo Bianco)

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