Nova Friburgo fecha outubro com saldo positivo de empregos, diz Caged

No entanto, as empresas do município fecharam mais de 600 vagas formais no acumulado do ano
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
por Alerrandre Barros
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

Nova Friburgo registrou saldo positivo de 51 empregos com carteira assinada em outubro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na última quinta-feira, 24, pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Foram 1.160 novas contratações e 1.109 demissões no último mês.

A pequena melhora no resultado de outubro foi puxada pelos setores industrial, construção civil,  agricultura e pecuária. A indústria de transformação friburguense registrou 410 contratações e 372 demissões. Na construção civil, 66 pessoas foram admitidas, mas houve 40 demissões no último mês.

O setor agropecuário (criação de animais, extrativismo vegetal e a silvicultura) também ajudou a alavancar o mês de outubro com 21 contratações e seis demissões. Já o setor de serviços teve 16 vagas fechadas em outubro. Foram 291 admissões, contra 307 demissões.  

A diferença entre as vagas abertas e fechadas no comércio, um dos setores mais fortes de Nova Friburgo, praticamente não variou em outubro. O Caged registrou 368 admissões e 367 demissões. Entretanto, o setor deve ter aumento nas contratações em novembro devido às festas de fim de ano, que costumam aquecer o comércio.

Apesar do saldo positivo em outubro, Nova Friburgo continua sentindo os reflexos da crise na geração de empregos. Entre janeiro e outubro deste ano, foram cortadas 642 vagas, com 12.402 admissões e 13.044 demissões. Os únicos meses que tiveram mais contratações de que demissões foram abril e outubro.

Os dados do Caged indicam, porém, que a fase mais grave da crise está passando. Até agora, o número de vagas fechadas em 2016 foi menor do que 2015. Quando observados o mesmo período do ano anterior, o saldo foi de 889 vagas a menos na cidade. O município registrou 14.540 contratações e 15.429 demissões.

Dez milhões de desempregados no país

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última semana que em 2015, pelo menos 2,8 milhões de pessoas a mais estavam em busca de uma nova oportunidade no mercado de trabalho. Em comparação com 2014, observa-se um aumento de 38,1% no ano, no país. Foi o pior resultado desde 2004, quando começou a série atual (a pesquisa não foi realizada em 2010). O total de pessoas sem trabalho chegou a dez milhões.

A taxa de desemprego de 2015 foi de 9,6%, de acordo com a pesquisa, a maior desde 2004. Entre 2014 e 2015, o aumento foi de 2,7 pontos percentuais. Os dados foram divulgados na sexta-feira, 25, e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

Ano passado foi o primeiro em que o número total de trabalhadores caiu, desde o início da série histórica da PNAD, em 2004. O número de trabalhadores em 2015 foi estimado em 94,8 milhões de pessoas, representando uma queda de 3,9% em relação ao ano anterior, quando 98,6 milhões tinham trabalho.

A pesquisa anual do IBGE também revelou que entre o total de desempregados no país, uma em cada quatro pessoas nunca tinha trabalhado (26,3%); um em cada três (33,4%) eram jovens de 18 a 24 anos; quase a metade (48,2%) não tinha completado o ensino médio e a maior parte (60,4%) eram negros. O desemprego afetou mais as mulheres.

A PNAD ainda mostrou que, pela primeira vez em 11 anos, houve queda nos rendimentos reais do trabalhador brasileiro devido ao aumento na inflação. A renda média passou de R$ 1.950, em 2014, para R$ 1.853, em 2015, o que representa uma redução de 5%. Com queda nos salários dos mais pobres e também dos mais ricos, o índice que mede a desigualdade foi o menor da série histórica.

 

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