Nova Friburgo: Cidade de Todos —Música, Cinema e Memória

quarta-feira, 26 de outubro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

A Universidade Candido Mendes promove o seminário “Nova Friburgo: Cidade de Todos—Música, Cinema e Memória” a partir desta quarta-feira, no campus Friburgo. O evento tem entrada franca, é aberto ao público e vai reunir especialistas em Música, História e Cinema até a próxima sexta-feira, a partir das 18h30. Todos os debates acontecerão no auditório da Ucam—Rua Professor Freeze 38.

 Os debates foram organizados pela professora e historiadora Janaina Botelho, pela professora Debora Breder e pelo professor Marcus Wolff, que integram o Núcleo de Pesquisa Interdisciplinar da Ucam Friburgo. Participam da organização e produção alunos das disciplinas ligadas aos temas, dos cursos de Licenciatura em Música e Comunicação Social.

Nesta quarta-feira, a mesa redonda tem como tema “Música e Identidade”, com a participação do professor da Ucam Marcus Wolff, o professor Sinésio Jefferson Andrade Silva, mestre em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o professor e maestro assistente da Orquestra Candido Mendes, Marcos Botelho. O aluno Daniel Daumas Borges também integra a mesa redonda, como convidado.

O professor Sinésio Jefferson Andrade Silva é morador da Maré, participa, desde o início, do Musicultura, grupo formado por pesquisadores (moradores e não moradores do bairro), interessados no estudo das práticas musicais locais. Em sua dissertação de mestrado, investigou a trajetória de vida de um compositor, migrante nordestino, morador da Maré, nesse caso, percebendo as relações entre música, memória, identidade e migração.

O palestrante convidado colabora com o Laboratório de Etnomusicologia da UFRJ no desenvolvimento de pesquisas participativas em outras regiões da cidade do Rio de Janeiro. Em parceria com o grupo Musicultura, tem dois artigos publicados em periódicos internacionais: “A violência como conceito na pesquisa musical: reflexões sobre uma experiência dialógica na Maré ”(Revista Transcultural de Música , n. 10) e “Conflict and violence as theoretical tools in present-day ethnomusicological research: notes on a dialogic ethnography of sound practices in Rio de Janeiro ” ( Ethnomusicology, n. 50), além do trabalho intitulado “Sound Praxis: Music, Politics and Violence in Brazil” parte integrante do livro “Music and Conflict” organizado por John O’Connell e Salwa Castelo-Branco.  

Na quinta-feira, a professora e historiadora Janaína Botelho palestrará sobre “Os Espaços da sociabilidade em Nova Friburgo”, a partir das 20h30, com a participação do professor Marcus Wolff. Autora dos livros “Histórias e Memórias de Nova Friburgo”, lançado recentemente, e “O Cotidiano de Nova Friburgo no final do Século XIX”, Janaína vem realizando pesquisas sobre a cidade serrana há anos e seu trabalho já vem sendo utilizado como fonte para trabalhos de pesquisa.

Na sexta-feira, a professora Débora Breder irá mediar a mesa-redonda “Cinema: poéticas e políticas”, a partir das 18h30, com a participação dos cineastas Paula Alves e Marco Aurelio Brandt. Paula Alves é formada em Cinema pela UFF; mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas ENCE/IBGE; diretora e produtora do Femina—Festival Internacional de Cinema Feminino—, que acontece desde 2004, no Rio de Janeiro; coordenadora geral do Recine —Festival Internacional de Cinema de Arquivo—, entre 2002 e 2007, no Rio de Janeiro. Trabalhou no Festival Femme Totale, em 2001, Dortmund, Alemanha—e trabalhou em diversos filmes em diferentes funções. Realizou mostras, conferiu palestras e ministrou oficinas em outros festivais de cinema no país. Produtora executiva de diversas mostras audiovisuais, a última: Hou Hsiao-Hsien e o cinema de memórias fragmentadas, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, 2010/2011.

O outro convidado, Marco Aurélio Brandt, é formado em Cinema e Jornalismo pela UFF, com pós-graduação em Fotografia pela Ucam. É cineasta e fotógrafo. Trabalha há quatro anos com oficinas de fotografia em comunidades e escolas públicas e mais recentemente com vídeo, através da ONG Campus Avançado, em que coordena o Cineclube CineolhO. Realiza experiências com fotografia pinhole, colorizada após o registro em papel ou negativo 12 0.

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