Nova Friburgo adere ao programa federal de habitação popular

segunda-feira, 20 de abril de 2009
por Jornal A Voz da Serra
Nova Friburgo adere ao programa federal de habitação popular
Nova Friburgo adere ao programa federal de habitação popular

(SECOM) - Na manhã da última quarta-feira, 15, o prefeito Heródoto Bento de Mello, acompanhado dos secretários Geral de Governo, Braulio Rezende Filho; de Fazenda, Antonio Carlos Teixeira, e de Comunicação Social, Girlan Guilland, além do arquiteto Luiz Cláudio Ferreira, superintendente da Empresa Municipal de Habitação (EMHA), recebeu em seu gabinete o superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Carlos Roberto Pereira, e o gerente geral da CEF no município, Marcos Lutterbach. Com ambos o chefe do Executivo friburguense assinou um dos primeiros termos de adesão no interior fluminense ao programa habitacional Minha casa - minha vida, recentemente lançado pelo presidente Luiz Ignácio Lula da Silva.

O próprio Carlos Roberto Pereira observou que na área de atuação de sua superintendência Nova Friburgo era o primeiro município a aderir ao plano. Segundo ele, o próximo será Macaé, na baixada litorânea. Informado pelo prefeito Heródoto sobre sua ideia de construir um novo bairro na cidade, no projeto denominado Nova Cidade, mesclando casas populares e residências de classe média, além de toda a infraestrutura urbana, com centro comercial, áreas de lazer, escolas, postos de saúde, centro comunitário e uma malha de ciclovias, o superintendente se mostrou entusiasmado com a proposta e forneceu diversas informações para melhor encaminhar a proposição.

Cadastramento inicial para atender a duas mil famílias: casas a R$ 50 mensais

“Não quero apenas um bairro proletário, somente de casas populares, mas um novo bairro, com uma nova configuração”, disse o prefeito, enquanto o superintendente ficou curioso em saber da possibilidade da convivência de diferentes níveis sociais. “Mas essa é a característica de Nova Friburgo”, apressou-se em explicar o prefeito, exemplificando com o fato de que a cidade não possui favelas, lembrando de um episódio, certa vez, da visita de um suíço, que levou para conhecer um bairro pobre. “Aprendi com ele uma coisa e não esqueço. Quando chegamos lá, ele me disse: ‘O senhor não tem pobres aqui, mas sim, gente modesta’”.

Para o programa habitacional do governo federal, a proposta inicial é construir duas mil residências, mas este número poderá chegar a cinco mil unidades ao longo dos próximos anos. A prestação para quem ganha salário mínimo será de apenas R$ 50 por mês. Um posto de cadastramento será instalado brevemente no Centro, de acordo com informações do secretário Geral, Braulio Rezende.

Fazenda da Laje, a “Nova Cidade”

Com total de 250 hectares - ou dois milhões e 800 mil metros quadrados - o projeto da Nova Cidade na Fazenda da Laje, em Conselheiro Paulino, equivale a uma área semelhante ao bairro de Olaria, segundo explicou o próprio prefeito, que mencionou ainda ao superintendente da CEF que seu plano de fazer um novo núcleo populacional completo contempla até um polo tecnológico. “É o conceito de indústria limpa. Queremos que neste complexo as pessoas também tenham oportunidades de trabalho”, explicou.

Em terrenos com 180m², a primeira fase do Nova Cidade visa atender às famílias de baixa renda. Serão de início 750 lotes, num terreno de 660 mil metros quadrados, conforme detalhou o arquiteto Luiz Cláudio Ferreira, autor do projeto. “O senhor, de fato, vai fazer uma Nova Cidade, com infraestrutura e tudo”, disse Carlos Roberto, explicando ainda que existem recursos para a infraestrutura em diversas fontes. “É possível financiamentos, por linhas onerosas ou não (a fundo perdido)”, detalhou o superintendente, que disse ainda ao prefeito que, com mais de 20 anos de experiência em superintendências em vários locais do país, acha este momento muito propício para seus planos, em concordância com as propostas do governo federal. “Prefeito, vejo com muito interesse a sua proposta, que brilhantemente coincidiu com o Minha casa - minha vida. O momento é propício e há mercado para tal”, finalizou Carlos Roberto, que também se mostrou entusiasmado pela ideia do prefeito em agregar ao complexo habitacional um polo tecnológico.

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