Aos poucos a administração federal vai dando conta à sociedade da herança recebida do governo anterior e a primeira medida realmente de viés nacional foi a declaração dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) que o Governo Dilma pretende um arrocho fiscal com um corte de R$ 50 bilhões no orçamento deste ano. A verdadeira orgia de gastos, especialmente no ano eleitoral, determinou a volta da inflação e a elevação das taxas de juros e a solução foi adotar o elevado corte nos investimentos, no custeio e nos projetos de melhoria da máquina pública. Só em publicidade institucional e pessoal, a Presidência da República, via SECOM - Secretaria de Comunicação -, gastou algo em tomo de R$ 3 (três) milhões/dia e entre 2006 e 2010 as despesas do governo aumentaram R$ 221 bilhões, o que indica claramente que o governo federal seguiu à risca o objetivo de eleger a sucessora de qualquer maneira e custasse quanto custasse. O resultado começa a aparecer e o corte dos 50 bilhões é a primeira parte.
Tão importante quanto deter a elevação do custeio devido ao número exagerado de servidores em face da criação de “ministério”, forma de atender todos os aliados, frear a corrida para gastos controversos e inusitados precisa ser adotado ou o país vai a bancarrota. Pleiteiam a construção de novas sedes em Brasília entidades como o Tribunal Superior Eleitoral, BNDES, Polícia Federal, Anac, Polícia Rodoviária Federal e Ministério da Cultura, edifícios suntuosos, cheios de mordomias, garagens subterrâneas e o presidente eleito da Câmara dos Deputados prometeu a construção de mais um anexo para abrigar os gabinetes dos parlamentares. Para finalizar até a UNE - União Nacional de Estudantes - cobra a promessa do governo anterior de patrocinar a construção de um edifício de 10 andares na zona sul do Rio de Janeiro. Da onde vai sair tanto dinheiro? A economia pretendida pelo Governo vai para o espaço e o penalizado, como sempre, será o povo que terá, ainda menos e de péssima qualidade, serviços de saúde, educação, saneamento e segurança já em condições deploráveis, verdadeiro quadro de terror como os hospitais da rede federal. Em início da temporada de cortes e vacas magras o mais correto seria desestimular a construção de novas sedes faraônicas na Capital, suspender a compra de apetrechos bélicos como submarinos atômicos e caças supersônicos, enxugar a máquina pública, postergar usinas e refinarias e cogitar dos verdadeiros deveres governamentais. Mas os interesses contrariados serão muitos ... e poderosos. Chega de gastos perdulários...
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