A longa caçada a Osama Bin Laden teve o desfecho sangrento que se esperava, agora é público, não pela resistência do velho terrorista, mas pelas ordens expressas recebidas pelo comando militar de que a missão deveria ser encerrada definitivamente, naquela noite de domingo no Paquistão. As ordens foram cumpridas e após uma série de versões, surge a mais próxima da verdade. O líder da al-Qaeda não estava armado, não esboçou resistência mas tinha plena consciência de que não iriam levá-lo vivo como troféu de guerra. Foi morto, fotografado e teve recolhido material genético, antes de ser jogado ao mar em local ignorado. A versão de que alguns “marines” o teriam lavado e vestido de branco, trechos dos procedimentos muçulmanos para o funeral é fantasiosa.
A polêmica que se estabeleceu posterior aos fatos é de que poder têm os EE.UU. para invadir países, aliados ou não, com força militar, para cometer atos de guerra, sem o aval ou permissão de ninguém. O debate não vai durar muito já que não é a primeira vez que os fuzileiros navais desembarcam em algum país, cumprem a tarefa programada e abandonam a região sorrateiramente. Prerrogativa que só a maior e mais eficiente máquina de guerra do planeta tem e contra a qual não se pode insurgir sem entrar no rol dos não “alinhados” e começar a sofrer sanções econômicas em vários setores. O Paquistão, ultrajado em sua soberania, recebe; anualmente um auxílio-militar da ordem de mais de um bilhão de dólares e “conselheiros militares e de segurança” coordenam as atividades dos serviços de inteligência e das Forças Armadas. Significa que os protestos serão débeis e não ultrapassarão uma semana. O que é de estranhar é que o terrorista estava na cidade de Abbottabad, na mesma mansão e todos os serviços americanos de inteligência (são várias agências) e paquistaneses desconheciam o fato.
A execução de Osama Bin Laden não cumpriu todas as formalidades de um processo criminal realizado por um Estado, mas é inegável que o mundo respirou aliviado quando o presidente americano Barak Obama deu a notícia. Lógico que haveriam vozes dissonantes, mesmo entre estadistas e governantes, contudo, a que soou mais falsa foi a “ultrajada condenação” do ato punitivo pelo agora senil Fidel Castro que já esqueceu da fortaleza de La Cabana, do paredon e dos assassinatos de milhares de cubanos por sua polícia secreta. Osama Bin Laden recebeu os frutos de sua ação e Castro será julgado pela História.
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