Não é porque tenho tido pouco contato com Friburgo que estou por fora dos seus problemas. Aliás, os problemas de Nova Friburgo são os mesmos de sempre.
A cidade tem o péssimo hábito de oferecer serviços públicos de qualidade extremamente precária e com preços absurdamente caros.
Tenho que bater novamente na tecla das passagens de ônibus. R$ 2,50 não é simplesmente caro, é um roubo. É uma das passagens mais caras do estado do Rio. É como eu disse, o problema de Friburgo não é o simples fato de que os serviços públicos são caríssimos, mas a discrepância entre valores astronômicos e serviços mambembes. Para se implantar a passagem de ônibus mais cara do estado, seria preciso que o serviço de transporte coletivo fosse o mais avançado do estado. E não é. Pelo contrário. É extremamente capenga. Ônibus que param de circular cedo demais, deixando a população a pé a partir das onze da noite; ônibus que não conseguem passar no horário; ônibus velhos; muitos ônibus em certas linhas e poucos em outras e etc., e etc... É claro que os funcionários precisam receber salários dignos, mas isso é uma obrigação da empresa. Não se pode cobrar uma passagem astronômica sob o pretexto de que se precisa aumentar o salário dos funcionários. O salário deve ser aumentado sem que o consumidor pague o pato.
E não é só o serviço de transporte. Que merda de serviço de energia é esse? A energia elétrica de Nova Friburgo é tão atrasada que parece saída dos Flinstones. Sem exageros, não há uma semana que não haja cortes de luz. Se venta um pouquinho, a luz acaba. Se garoa um pouquinho, a luz acaba. Se faz sol, a luz também acaba. Isso sem contar milhares de oscilações elétricas ao longo do dia. Em Nova Friburgo, quem trabalha em computador está ferrado. É comum se perder todo o trabalho diário por conta de uma falta de energia repentina e sem motivos. E mais ainda, é comum se perder computadores e aparelhos eletrônicos por conta dos cortes e oscilações de energia. Eu, por exemplo, já perdi uma tevê.
Imagine se você se hospedasse numa choupana de beira de estrada, com goteiras no teto e vidraças quebradas, e pagasse uma diária correspondente à suíte presidencial do Copacabana Palace. É o que acontece com grande parte dos serviços administrativos de Nova Friburgo. Você se hospeda num pulgueiro e paga pela suíte presidencial do Palace. Se isso não é uma baita discrepância, é o quê?
Bem, essas são as duas questões que me vêm à mente agora. Com certeza, há outras. Você deve ter alguns exemplos também.
O importante: você prefere fazer alguma coisa ou aceitar de cabeça baixa e esperar sentado como o Cão Sentado?
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