Notas da Repórter - 2 de fevereiro

terça-feira, 02 de fevereiro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Arrocho na liberdade de expressão

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contabiliza várias tentativas de arrochar a mídia, todos frustrados pela ilegalidade ou até pelo repúdio da categoria. Nos albores do regime petista, Luiz Gushiken, envolvido no Mensalão I e defenestrado do poder, urdiu uma aglutinação da publicidade institucional e de campanhas do Governo Federal, estatais e autarquias de modo a que seriam programados, apenas, veículos considerados “simpáticos” pelo Palácio do Planalto. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República seria o órgão concentrador das vultuosas verbas oficiais e as agências instruídas a uma distribuição que atendesse aos interesses políticos do Governo. Não deu certo. Depois veio a história da Ancina V, preconizada pelo Ministro da Cultura Gilberto Gil destinada a controlar a produção audiovisual do país e, em seguida, a criação do Conselho Federal de Jornalismo, órgão paraestatal, endossado por sindicatos ligados à CUT e amparados pela Fenaj - Federação Nacional dos Jornalistas. O ministro cantor falhou na missão e a federação recebeu repúdio tão veemente da categoria que silenciou sobre o assunto que ficou esquecido em uma das gavetas palacianas por impossível de ser viabilizado. Em dezembro último, no calor dos festejos natalinos, Lula assina um decreto referente a direitos humanos onde foi incluído mais um atentado à Carta Magna e à liberdade de expressão. Chamado às falas, de modo canhestro, Lula explica que assinou o decreto sem ler e procura culpados em sua assessoria. Faz correções atendendo principalmente os militares, incomodados com o revanchismo da equipe Tarso, Dilma, Vanucci, Franklin e consegue amansar o ministro da Defesa, Nelson Jobim e os comandantes militares que apresentaram cartas demissionárias. Um terremoto salva Lula e as atenções de todos se voltam para o pequeno país caribenho.

O resultado das umas de outubro está indefinido. Lula viu a presidente chilena Bachellet, com 84% de índice positivo de popularidade perder a eleição para um adversário ideológico, de centro-direita e colocou as barbas de molho. Encomendou aos marxistas palacianos mais uma investida draconiana contra a propriedade, especialmente a rural, e contra o “monopólio da comunicação” justamente para atender os aliados, insatisfeitos com o perfil conservador do governo. Comunistas e esquerdistas querem posições do regime que se envolvam com as “conquistas sociais” contra o capital, o latifúndio e a imprensa livre e a derradeira tentativa será feita em março, na Segunda Conferência Nacional de Cultura, quando ativistas de todo o país estarão reunidos para debates e para conclusões que serão encaminhadas como decisões da ‘sociedade civil’. É aguardar ...

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