Noivos suspeitam de golpe e pedem ajuda na internet para realizar casamento

Responsável pela empresa, que já havia dado calote em estudantes, desapareceu a poucos dias da cerimônia
quarta-feira, 04 de janeiro de 2017
por Dayane Emrich
Noivos suspeitam de golpe e pedem ajuda na internet para realizar casamento

Faltando apenas 18 dias para o matrimônio, um casal de Nova Friburgo deu início na última terça-feira, 3, a uma campanha para salvar a festa de de casamento. Depois de um ano juntando dinheiro para o grande dia, os noivos suspeitam de ter levado um calote da empresa de bufê contratada para a realização do evento e, agora, estão pedindo ajuda a familiares, amigos e àqueles que se sensibilizarem com a causa para pagar uma nova festa. 

Em uma publicação em uma rede social, a noiva, Ingrid Freitas Lopes, de 20 anos, desabafou: “Todos nós temos sonhos, e cada um de nós sabe a importância que eles têm! Estamos de casamento marcado para o dia 21 de janeiro de 2017, data a qual comemoramos também 7 anos de união. Desde quando decidimos nos casar, traçamos metas, trabalhamos, corremos atrás e, enfim, com a ajuda de Deus, fomos conquistando cada detalhe para o nosso grande dia (...) Mas, infelizmente, na semana que antecedeu o Natal, ocorreu um fato que nos tirou o chão. O principal fornecedor do nosso casamento, com o qual fechamos o contrato de maior valor, pagamos parcelas e quitamos tudo, desapareceu”.

Segundo ela, a empresa realizaria os serviços de toda a decoração (área externa e interna da festa e da cerimônia); o bufê, entre bolo de corte, doces, equipe de garçons; e o DJ e a pista de dança. A noiva explica que há pelo menos duas semana não consegue falar com o fornecedor. “Já tentamos contato de todas as formas possíveis, inclusive fomos até a casa dele e de parentes, mas a posição que obtivemos foi de que ele foi embora, talvez para São Paulo”, disse ela, acrescentando que: “Foram dias de angústia, de muito choro e de desespero. Ele desapareceu, deixando para trás não apenas clientes e festas, mas sim pessoas honestas, cheias de sonhos”, disse.

Em entrevista à A VOZ DA SERRA, Ingrid contou que já conhecia a empresa. “Meu aniversário de 15 anos foi feito com eles, tivemos festas infantis na família também”. Ainda segundo ela, o contrato de casamento foi fechado em março de 2016 e custou R$ 9 mil. 

Embora não tenha divulgado o nome da empresa, Ingrid destacou que trata-se um fornecedor da cidade, que recentemente foi alvo de outras denúncias. “Quem é de Nova Friburgo, provavelmente sabe quem é essa pessoa, pois agora alguns casos estão vindo à tona. Prefiro não citar o nome, e deixo claro que minha publicação não é para causar ódio, não mesmo, até porque o que o mundo precisa é de mais amor ao próximo para que justamente esse e outros tipos de situações não venham a ocorrer”, disse ela.

Segundo Ingrid, ela e o noivo Jonny Blus, de 27 anos, já estão correndo atrás de outros fornecedores, mas terão que mudar muito do que já estava planejado e fazer uma festa mais modesta. “Estamos tentando de todas as formas baixar os custos, mudando os planos e os detalhes. Essa é uma situação a qual nunca esperamos passar, portanto, não temos valor algum em reserva para investir em praticamente outra festa. Nunca pensamos em ter que pedir nada a ninguém, uma vez que temos saúde, trabalhamos, somos jovens esforçados, quem nos conhece sabe. E sabe principalmente do amor que sentimos um pelo outro, do carinho e respeito que há em nossa relação, de como abrimos mão de diversas coisas pelo nosso sonho, do quanto batalhamos para que tudo fosse perfeito nesse dia e da Fé que temos em Deus. Estamos na luta pelo nosso sonho e agora restam apenas 18 dias para conseguir o que perdemos”, falou em apelo.

Golpe de formatura

Na última semana, A VOZ DA SERRA divulgou o caso dos formandos do Colégio Estadual Eduardo Breder que foram enganados por esta mesma empresa de bufê de Nova Friburgo. De acordo com os jovens, assim como no caso de Ingrid, o fornecedor do serviço desapareceu alguns dias antes da data da formatura, marcada para o dia 21 de dezembro, e após já ter recebido todo o valor definido no contrato, cerca de R$ 5 mil. O caso foi registrado na 151º Delegacia de Polícia e está sendo investigado.

 

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