Nestes dias de carnaval, as ruas de Nova Friburgo recebem um grande número de consumidores de todas as idades. Por conta disso aumenta a quantidade de pedintes em vários pontos, conforme as queixas que têm chegado à redação de A VOZ DA SERRA. Problema antigo, que já foi alvo de diversas reportagens publicadas no jornal, a presença de pedintes fica ainda maior em determinados períodos do ano, como o Natal e o carnaval.
A situação é mais crítica no centro da cidade, como constatou a equipe do jornal ao longo das duas últimas semanas. Em alguns pontos, como a Avenida Alberto Braune, no entorno da rodoviária urbana e da Catedral São João Batista, bem como em frente a farmácias, sinais de trânsito e supermercados, é possível observar pedintes das mais variadas idades. A maioria é do sexo masculino, mas uma mulher que recentemente pedia trocados próximo à Caixa Econômica Federal chamou atenção de muita gente pela postura debochada. Em vez de agradecer quem lhe dava esmola, ela fazia gestos obscenos quando a pessoa ia embora, o que provocou indignação. “Era nítido que ela estava bêbada ou drogada e necessitando de ajuda. Está faltando este tipo de trabalho na cidade e essas pessoas precisam ser recolhidas das ruas”, sugeriu uma leitora que ligou para o jornal e preferiu não se identificar.
A exemplo das grandes cidades, Nova Friburgo já deveria ter um trabalho para acolhimento e reinserção social dos pedintes de rua, como observam alguns leitores, através de e-mails e telefonemas ao jornal. Outro apelo que tem chegado à redação é quanto à promoção de uma campanha de conscientização para acabar com o velho hábito de dar esmolas, que acaba estimulando a mendicância. A prática pode ser substituída pela ajuda às entidades assistenciais da cidade, através não só de dinheiro como de doações de material de limpeza e higiene pessoal, que costumam ser sempre necessários e podem ser adquiridos com o valor de uma esmola.
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