O Teatro das Artes Mercedárias (Tame) conquistou a premiação ouro e o título de Elevado Grau na categoria estudantil adulto da Academia Brasileira de Belas Artes (Abba) com a peça Nem melhor, nem pior, apenas...Piaf. O espetáculo retrata a vida da cantora francesa Edith Piaf e foi considerado a melhor peça adulta do festival. Na categoria infantil, a escolhida foi uma escola de Niterói, Oratório Mamãe Margarida, com a peça A bela e a fera.
Piaf agora está sendo cotada para ser apresentada no consulado francês. Guilherme Coutinho destacou que a proposta pedagógica da peça é levar os jovens a refletir que tudo o que acontece em sua vida é consequência do que foi feito no passado. A montagem tem como pano de fundo a própria Edith narrando sua vida e os fatos históricos que se desenrolam no palco.
Foram nada menos que 40 personagens em cena. Só para interpretar Piaf foram escaladas quatro alunas: Clara Alonso (Piaf criança), Ingrid Nunes (Piaf mocinha), Mabia Meyer (Piaf adulta) e Vanessa Manhães (Piaf no fim da carreira). Titine, a prostituta que criou Piaf na infância, foi representada por Vanessa Ganassin. Outro personagem importante na vida de Piaf e retratada na peça foi Mr. Leppllé, interpretado por Chico Joy. A cena da cura de Piaf, que havia ficado cega, foi representada pelo tenor Agni de Souza, que encarnou Jesus Cristo na peça interpretando a canção Sei que fui proscrito. A companhia de balé do colégio, sob a supervisão de Geraldine Marqui, apresentou a coreografia Cabaret.
Os figurinos, sonoplastia, maquiagem, cenários e texto foram considerados impecáveis. “Gostei muito de ter realizado este trabalho e de termos sido julgados por um júri de peso, formado por pessoas sérias e com sensibilidade artística, que souberam dar valor ao que viram no palco”, disse Guilherme Coutinho, que foi responsável pela cenografia. Aliás, foi ele também quem pintou a mão o rosto de Edith Piaf e todo o cenário, ambos em óleo sobre tela.
A diretora do Colégio Nossa Senhora das Mercês, irmã Maria Luiza, parabenizou o elenco e o professor Guilherme Coutinho. “Ele elevou o nome do colégio de forma limpa e clara, sem apelos, sem imoralidade, conforme nosso sistema pedagógico”, declarou.
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