O programa Hora Técnica deste dia 2, às 21h, na TV Zoom (Canal 10 do sistema RCA), tem como tema “A necessidade dos projetos geotécnicos na implantação de obras e no planejamento urbano”, que será debatido pelo engenheiro civil Ivison Soares de Macedo, coordenador da Câmara Técnica de Geotecnia da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Nova Friburgo (Aeanf), tendo como convidado um especialista da área, com intermediação do jornalista Paulo de Carvalho.
Toda unidade de planejamento precisa pautar-se por um projeto alicerçado numa competente análise geotécnica. Esta consciência vem se sedimentando desde os trágicos acontecimentos de janeiro. Cada vez mais se fala da necessidade, por exemplo, de mapear as áreas de risco da cidade e de efetivar uma sólida parceria entre o interesse político e a competência técnica. Objetivando obras de qualidade, mas, principalmente, para preservar vidas.
Fatos mostram a pouca importância que tem sido dada à necessidade do técnico em geotecnia na implantação de obras e no planejamento urbano. Em 1987 foi realizado em Nova Friburgo o 1º Seminário de Estabilização de Encostas, que contou com a presença de uma equipe de excelência da PUC. Logo em seguida um grande aguaceiro já mostrou que as conclusões alcançadas naquele seminário apontavam para a necessidade de a prefeitura ter um departamento geotécnico. Em 1996, chuvas torrenciais causaram danos significativos e, mais uma vez, os engenheiros e técnicos da área não foram ouvidos. Conclusões do seminário realizado sobre o assunto com a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Geologia de Engenharia, em 2006, não levaram a concretizar qualquer ação positiva. Em 2007 outro preocupante aguaceiro levou a escorregamentos de encostas em vários pontos do município. Durante algum tempo foi motivo de debate a necessidade de se fazer alguma coisa para mapear áreas de risco e evitar desastres maiores na cidade e para a população.
Agora, quatro anos depois, a cidade e a região foram surpreendidas por uma catástrofe considerada como a mais significativa já acontecida no Brasil. E as perguntas permanecem: quais os riscos e como sair deles? É possível? Basta mapear as áreas de risco?
Para fazer perguntas ao vivo é só telefonar para 2519-2003 ou enviar e-mail para aeanf@gigalink.com.br. Para saber mais sobre a Aeanf, enviar sugestões ao programa ou esclarecer dúvidas acesse www.aeanf.org.br.
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